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Goiânia, 29/05/24
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O rubro-negro superou grande queda em suas receitas com rebaixamento em 2017, mas manteve as contas equilibradas, além de melhorar a estrutura patrimonial com a reforma do Estádio Antônio Accioly

Atlético Goianiense corta 50% das despesas em um ano e mantém contas em ordem

19/07/2019, às 00:02 · Por Eduardo Horacio

Um dos líderes da Série B do Campeonato Brasileiro após dez rodadas, o Atlético Clube Goianiense manteve-se organizado financeiramente para ter condições de lutar para voltar à primeira divisão do futebol nacional. O rubro-negro superou grande queda em suas receitas, com rebaixamento em 2017, manteve as contas equilibradas, além de melhorar a estrutura patrimonial com a reforma do Estádio Antônio Accioly.

O Atlético terminou 2018 com uma arrecadação de R$ 24,7 milhões. No ano anterior, havia amealhado R$ 41,7 milhões. Ou seja, após cair de divisão, o rubro-negro goiano perdeu recursos da ordem de R$ 17 milhões – em torno de 40% a menos.

Os direitos de transmissão representaram a maior queda nas receitas do clube. Na primeira divisão, o Atlético faturou R$ 29 milhões da TV, valor que passou a ser de apenas R$ 6,4 milhões jogando a Série B. O clube também viu a bilheteria recuar de R$ 4,7 milhões para R$ 923 mil entre 2017 e 2018.

O clube de Campinas amenizou a vertiginosa queda de recursos com direitos de transmissão e venda de ingressos com um substancial crescimento na negociação dos  direitos federativos de atletas. Passou de R$ 3,7 milhões para R$ 11,1 milhões. As receitas de patrocínio e publicidade mantiveram-se estáveis entre 2017 e 2018 (em torno de R$ 4,5 milhões).

Equilíbrio
Ao perder recursos, o Atlético conseguiu manter as contas estabilizadas cortando gastos em um porcentual ainda maior. Se o clube perdeu 40% das receitas (entre 2017 e 2018), cortou quase 50% de suas despesas no mesmo período – os gastos totais em 2018 somaram R$ 18,2 milhões contra R$ 36,2 milhões do ano anterior.

Um exemplo da contenção de despesas do rubro-negro pode ser notado nos gastos com o departamento de futebol. Na campanha que rebaixou o clube (2017), o Atlético gastou R$ 13,3 milhões com salários e encargos. No ano passado, a folha salarial total recuou para R$ 8,8 milhões.

O balanço do Atlético aponta superávit em anos consecutivos. No último ano, a sobra entre receitas e despesas foi de R$ 6,5 milhões (em 2017, mesmo com uma receita maior, o saldo positivo havia sido menor: de R$ 5,5 milhões).

Dívidas
A dívida acumulada pelo Atlético aproxima-se de um ano de arrecadação do clube, mas está em queda nos últimos anos. No balanço apresentado pelo clube, o déficit acumulado em 2018 é de R$ 19,8 milhões. O saldo negativo era de R$ 26,2 milhões – a diferença de um ano para outro é exatamente o superávit alcançado.

Vale lembrar
Ao analisar as finanças do Goiás E.C o Poder Goiás teve acesso aos estudos de duas consultorias independentes: a Pluri Consultoria e Itaú BBA. Os números referentes ao Vila Nova foram analisados pela Pluri Consultoria.

Já os dados referentes ao Atlético Clube Goianiense foram colhidos de demonstrativo apresentado apenas pelo próprio clube e aprovado em suas instâncias internas. O balanço financeiro do rubro-negro foi auditado pela VR Group Auditores e Consultores, empresa contratada pelo clube. 

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