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Caiado e Bolsonaro: fatura de "desarticulação" política pode ser cara

Bolsonaro e Caiado repetem mesmo erro de articulação e escanteiam aliados de primeira hora

28/04/2019, às 00:05 · Por Diene Batista

O governador Ronaldo Caiado (Democratas) e o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) repetem um erro crasso de articulação política cuja fatura pode vir alta, futuramente. Ambos escanteiam aliados de primeira hora, que foram fundamentais pra a sua ascensão aos postos políticos mais cobiçados de Goiás e do Brasil, respectivamente, após um duro pleito em 2018, com ataque ao então presidenciável, fake news e enfrentamento de forças até então invencíveis, como as marconistas.

À Revista Piauí, o líder do PSL no Senador, Major Olimpio, criticou a relação dos ministros bolsonaristas com a base aliada, que estariam tratando o PSL de maneira “deselegante e desatenciosa”. 

A artilharia de Olímpio se voltou contra os ministros da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Aliado de primeira hora e amigo de Bolsonaro, ele não se vê sendo tratado com a mesma lealdade e atenção dispensada a outros parlamentares. “Eu sou um soldado do Bolsonaro aqui nessa trincheira. Mas para defender o governo, preciso de munição, armas e logística”, afirmou em entrevista (leia aqui), se referindo à falta de diálogo com Lorenzonu e Santos Cruz. "Não vejo articulação e, sim, desarticulação", atacou.

Já em solo goiano, como mostrou o Poder Goiás aqui, Caiado se esqueceu de prefeitos e parlamentares que foram fundamentais para dar musculatura e capilaridade às suas intenções políticas, concretizadas em 2018, com a vitória já no primeiro turno.

Assim, Caiado repete a desarticulação política de Bolsonaro, deixando de lado nomes como o  deputado federal Delegado Waldir (PSL), que já soltou cobras e lagartos contra o democrata, o hoje deputado federal José Nelto (Podemos), que ainda estava na Assembleia Legislativa à época da eleição; e os estaduais Major Araújo (PRP), Iso Moreira (DEM), Claudio Meirelles (PTC). Os prefeitos  Adib Elias (Catalão), Paulo do Valle (Rio Verde) e Renato de Castro (Goianésia) também foram escanteados – embora comandem cidades importantes economicamente para o Estado e, claro, relevantes colégios eleitorais sobretudo para quem chegou e quer se manter no poder. 


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