Mabel acerta em esticar a corda com vereadores que tentam manter privilégios da gestão Rogério Cruz

 O embate entre a Câmara Municipal e o prefeito Sandro Mabel (UB) tem escalado, indicando que os vereadores podem estar ignorando o sentimento da população, que já demonstrou rejeição a matérias que ampliam privilégios para políticos, como a recente PEC da Blindagem. Enquanto a gestão municipal trabalha para reequilibrar as contas após um déficit bilionário, um grupo de vereadores tenta criar uma emenda de comissão obrigatória e reduzir a autonomia da prefeitura na execução do orçamento, diminuindo o percentual de remanejamento de recursos.

A estratégia dos vereadores, que pode ser vista como um tiro no pé, visa aumentar o controle sobre o orçamento. Mabel, por sua vez, tem se mostrado irredutível. "Esses caras fizeram assim com o outro e comigo não vão fazer. Não tem jeito. Eu não vou abrir mão de algumas coisas e não vai funcionar do jeito que eles estavam acostumados. São sempre as mesmas figurinhas", disse o prefeito à coluna Giro.

O prefeito argumenta que, ao tentar aumentar o porcentual de emendas de comissão, os vereadores arriscam diminuir o valor das emendas individuais, que já são de 2% da receita corrente líquida, o que representa cerca de R$ 5 milhões para cada parlamentar. A insistência dos vereadores em avançar sobre o orçamento pode custar a batalha pela opinião pública e minar o que eles já têm.

Sandro Mabel, ao esticar a corda e não ceder a demandas que não estão sintonizadas com a população, busca mais autonomia orçamentária e condições para governar. A postura do prefeito, focada na gestão fiscal e na execução de obras, se opõe a um modelo político que, no passado, levou a crises como as das gestões de Rogério Cruz e Paulo Garcia.

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