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Unidades de ensino dizem não ter condições de arcarem com seus compromissos, conforme estava planejado

Novo corte em instituições federais de Goiás coloca em risco conclusão do ano letivo

06/06/2022, às 20:09 · Por Redação

Instituições federais de ensino de Goiás assinaram manifesto contra o bloqueio de mais de R$ 1 bilhão no orçamento de 2022 para a educação superior no Brasil, que atingirá as unidades do Estado, que já sofrem contingenciamento desde o início da gestão Jair Bolsonaro (PL). A informação é do jornal O Popular.

Assinaram o documento as reitorias do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), Instituto Federal de Goiás (IFG), Universidade Federal de Catalão (UFCAT), Universidade Federal de Goiás (UFG) e Universidade Federal de Jataí (UFJ). O bloqueio é da ordem de R$ 1 bilhão. 


Na nota, as instituições ressaltam que o corte nos orçamentos das universidades e institutos federais anunciado no dia 27 de maio deste ano significam redução de 14,5% de redução no orçamento de cada unidade neste ano. Com isso, as unidades de ensino não terão condições de arcarem com seus compromissos, conforme estava planejado.


A situação é apontada como grave pelas instituições, já que este bloqueio impacta diretamente nos recursos de custeio das atividades educacionais, investimento nas unidades e até parte do do fundo do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), que financia ações para a permanência e para a melhoria do desempenho acadêmico dos estudantes em situação de vulnerabilidade econômica e social.


Reduções sucessivas

O alerta ocorre em meio à lembrança de que desde 2016 as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) vêm sofrendo reduções sucessivas de recursos “destinados à manutenção de seus prédios e laboratórios, ao pagamento dos contratos de prestações de serviços e comprometendo o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa, extensão e inovação” diz o informativo.


O documento ainda informa que existe grande preocupação com os cortes no momento em que as unidades realizam retorno das atividades presenciais, quando é necessário maior investimento e cuidado com a manutenção dos espaços, segurança, limpeza, iluminação, entre outros, além de garantia de cumprimento dos protocolos contra a Covid-19.


Na nota, as IFES de Goiás repudiam os cortes no orçamento. Afirmam que “o bloqueio de recursos para a educação é injustificável e ignora o papel estratégico que as universidades e institutos federais cumprem para o desenvolvimento do país, para a formação de recursos humanos e para o suporte em projetos e ações de elevada demanda social.” 


O manifesto ainda conclama a sociedade goiana, instituições, lideranças empresariais e políticas, particularmente os congressistas goianos, a apoiarem e defenderem a recomposição integral do orçamento destinado à educação brasileira para o ano de 2022.


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