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Conforme auditoria da TCU, há duplicidade de gastos no cartão corporativo do Governo Federal, com gastos elevados com alimentação e viagens

Deputado goiano pede que MPF investigue cartão corporativo de Bolsonaro

05/06/2022, às 12:32 · Por Redação

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) informou na última sexta-feira, 3, que irá acionar o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Federal (MPF) para que seja investigada suposta duplicidade de gastos no cartão corporativo do presidente Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar promete entrar com um pedido de apuração do caso já nesta semana.

Elias Vaz conta ter identificado despesas informadas na fatura do cartão e contratos firmados pela União para os mesmos serviços. Em auditoria do TCU solicitada pelo deputado, foi observado aumento nos gastos do Executivo com hospedagem, alimentação e locomoção dos militares que fazem a segurança do presidente, tudo pago com cartão corporativo.

“Bolsonaro está dizendo que o cartão corporativo fica caro por causa da equipe de segurança dele. Mas é uma contradição, porque detectamos cobranças de despesas de viagem de forma paralela no mesmo período. É uma verdadeira farra com dinheiro público, e essa situação precisa ser apurada”, defendeu o deputado goiano.

Segundo Vaz, os militares que cuidam da segurança de Bolsonaro receberam, entre janeiro de 2020 e maio de 2022, 10.767.281,13 reais em diárias. Ao mesmo tempo, diz o parlamentar, o governo pagou no mesmo período 12.154.944,08 reais à empresa Miranda Turismo e Representações Ltda para fornecimento de passagens.

“Se eles recebem a passagem porque o governo tem contrato para isso. Como é que os seguranças do Bolsonaro estão inflando o cartão corporativo?”, questiona Vaz. “Essa situação é no mínimo muito estranha. Há sérios indícios de que o cartão vem sendo usado pra bancar viagens de lazer, caronas para parentes e amigos do Bolsonaro e alimentação de luxo”, aponta.

Outro ponto que chamou a atenção no relatório do TCU foram os gastos de Bolsonaro com alimentação e viagens, em que o mandatário do país esteve acompanhado de amigos, parentes e até agregados. Ao todo, o Executivo gastou R$ 16,5 milhões.

De acordo com o levantamento, de janeiro a maio deste ano, o governo federal pagou R$ 527.059,65 para refeições dentro do avião presidencial.

Há, ainda, um contrato com a International Meal Company Alimentação S.A. que já custou R$ 1.803.975,89 aos cofres públicos, considerando o período de 2020 até maio deste ano. A empresa é responsável pelo fornecimento de refeições prontas, lanches, bebidas e petiscos, além de doces e frutas.

O deputado aponta que o governo também mantém um contrato com a Hot Cozinha Industrial LTDA para fornecer refeições aos funcionários e convidados do Palácio do Planalto. De maio de 2020 a maio deste ano, o valor foi de R$ 6.435.199,00.


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