Poder Goiás
Goiânia, 29/05/24
Matérias
Fábio Lima/O Popular

O juiz determinou que a pena seja cumprida em regime fechado

Acusado de matar advogados em Goiânia é condenado a 45 anos de prisão

18/05/2022, às 10:19 · Por Redação

Pedro Henrique Martins Soares, acusado de executar os advogados Marcus Aprigio Chaves e Frank Alessandro Carvalhães de Assis, foi condenado a 45 anos de prisão. O crime ocorreu no dia 28 de outubro de 2020 dentro do escritório em que as vítimas trabalhavam no Setor Aeroporto, em Goiânia.

De acordo com a sentença proferida pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva, o Ministério Público pedia a condenação de Pedro Henrique pelo fato dele ter recebido a promessa de recompensa para assassinar alguém e utilizar de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O advogado do acusado, por sua vez, tentou pedir a absolvição do réu e queria que fossem eliminadas todas as qualificadoras.

O juiz determinou que a pena seja cumprida em regime fechado, mas que haja a detração do tempo, já que Pedro Henrique encontra-se preso em virtude do caso. A condenação, ainda de acordo com a sentença, é necessária, pois ficou demonstrada "a periculosidade do sentenciado no modo de agir a fama de matador que era ostentada por ele."

As investigações apontaram que Pedro Henrique foi contratado pelo fazendeiro Nei Castelli, para matar os advogados, depois que eles tiveram êxito em um processo de reintegração de posse de uma fazenda da família Castelli, avaliada em R$ 46,7 milhões. Ficou constatado que o fazendeiro chegou até Pedro Henrique por meio do empresário Cosme Lompa Tavares, acusado de ser o intermediário do crime.

Marcus Aprigio era filho do ex-presidente do TJ-GO, Leobino Valente Chaves, e Frank Alessandro, filho do delegado aposentado Francisco de Assis. Segundo as investigações, o agricultor pagaria R$ 100 mil para os contratados para cometerem o crime caso eles saíssem impunes e R$ 500 mil se fossem presos.

Apesar da condenação de Pedro Henrique, não há previsão do julgamento de Nei Castelli, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça. 


Crime
P U B L I C I D A D E