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Resposta de uma aluna após o colega de turma perguntar sobre massacre na sala de aula: imagem foi divulgada pela Polícia Civil de Goiás

Aluno de faculdade de Goiânia é investigado por ameaça de massacre

17/05/2022, às 15:50 · Por Redação

Após uma suposta ameaça de massacre circular em um grupo de mensagens de WhatsApp de uma Universidade em Goiânia, a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) investiga o possível crime. As mensagens circulavam em grupos da instituição há cerca de uma semana, causando preocupação entre professores, alunos e pais de estudantes.

A ameaça teria sido feita por um aluno de 19 anos que sugeriu: "Se vocês fizessem um massacre, quem vocês poupariam da nossa sala?". Na sequência, uma aluna diz que já passou por isso uma vez: "De verdade, se for piada é de muito mal gosto". O autor da fala responde abaixo dizendo que "não é uma piada".

A Polícia Civil soube do caso no fim de semana e agendou depoimento do aluno nesta segunda-feira,16. Segundo o delegado Anderson Pimentel, que investiga o caso, o estudante foi ouvido na 17º DP de Goiânia na companhia da mãe. Ele alegou que as mensagens foram “tiradas de contexto”. Contudo, conforme o delegado, apesar das mensagens terem perturbado os colegas da Universidade, o estudante não poderá responder pelo crime de ameaça e nem de terrorismo.

Isso porque, pelo que está previsto na legislação, ele não ameaçou ninguém diretamente e nem disse que cometeria nenhum massacre. Portanto, a polícia o autuou por perturbação de sossego com informações ‘inverídicas’.Ele responderá pelo crime de perturbação em liberdade por se tratar de um delito de baixo potencial ofensivo e também por não ter havido flagrante.

Por meio de e-mail à turma, a coordenação do curso disse aos estudantes que a Universidade Paulista (Unip) não compactua com ameaças, discriminação, racismo, maus-tratos, ou qualquer fato semelhante ao ocorrido. Justamente por isso, suspendeu o estudante até que os fatos fossem apurados pela polícia e também pela instituição. Como o aluno está suspenso, a coordenação do curso não viu razões para adiar as provas previstas para essa semana.

Após a repercussão, o estudante teria enviado um e-mail à turma pedindo desculpas aos colegas.“Peço desculpas a todos que se sentiram ofendidos. Aquela pergunta teve repercussão negativa e serviu de gatilho para alguns alunos. Penso que haja maneiras melhores e menos monstruosas de se avaliar a natureza de alguém. Eis aqui a minha retratação”, lê-se em uma mensagem atribuída ao acadêmico.



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