SES-GO acende alerta sobre hepatite aguda infantil após investigação em sete estados

O surgimento de casos de hepatite aguda infantil de origem até agora desconhecida preocupa famílias do mundo todo. A Organização Mundial da Saúde investiga 348 casos suspeitos da nova doença, sendo 28 no Brasil. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) informou que ainda não há registros da doença em Goiás. Mesmo assim foi emitido um comunicado de risco.

O objetivo é alertar pais ou responsáveis para os sintomas e a necessidade de notificação em casos suspeitos. O médico hepatologista Rafael Ximenes afirmou que os principais sintomas são a dor abdominal, diarreia, vômitos, e a icterícia. Ele explicou que os registros são importantes para a investigação dos casos.

A maior chance é que os casos estejam ligados ao adenovírus. O especialista informou que alguns casos tinham sido diagnosticados em novembro e dezembro do ano passado nos Estados Unidos. Em aproximadamente 10% dos casos foi preciso realizar um transplante de fígado. O médico explica que todo caso de hepatite em criança precisa ser investigado e que já existe uma vigilância, agora reforçada.

Ao jornal O Popular, a coordenadora Médica do Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (SCIRAS) do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) e médica infectologista pelo Instituto Emílio Ribas, Marina Roriz,  explicou que é preciso alerta para vômitos que não cessam, mais de uma vez ao dia. “Crianças mais prostradinhas, sem querer brincar. No caso de bebês, observar se além de vômito, estão mais quietinhos ou muito irritados, que também podem ser sinais de que não estão bem”, disse.

Os casos de hepatite em crianças não são tão comuns por conta do Programa Nacional de Imunização que oferece vacinação gratuita pelo Sistema Único de Saúde para os principais tipos, A e B, antes de 1 ano de idade.

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