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Estudo é realizado no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da UFG, que firmou parceria com a Universidade de Brasília

UFG pesquisa nanotecnologia em castração não-cirúrgica de animais

13/05/2022, às 09:45 · Por Redação

A partir de reuniões no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Nanobiotecnologia, o professor Andris Bakuzis, do Instituto de Física da Universidade Federal de Goiás (IF/UFG), firmou uma parceria com a professora Carolina Madeira Lucci, da Universidade de Brasília (UnB). O objetivo era aplicar uma técnica semelhante a que ela tinha visto em uma palestra de Andris, em que ele apresentava resultados preliminares do uso da técnica da hipertermia magnética (HM) para tratamento oncológico em camundongos. A professora queria encontrar, por meio de alternativas nanotecnológicas, um método não-cirúrgico para castração de animais machos.

Estudada pelo professor Andris, a técnica de magnetohipertermia, que utiliza nanopartículas magnéticas na forma de um fluido magnético, conseguiu ser aplicada à castração de animais e a inovação foi patenteada em 2020. Ele explica que a patente é uma parceria entre pesquisadores e alunos da UFG e da UnB. “Nós da UFG tivemos papel fundamental no desenvolvimento da técnica e na síntese do nanomaterial para essa aplicação. Sem nossa experiência prévia para o tratamento de tumores, é possível que o projeto não conseguisse obter resultados promissores tão rapidamente”, ressaltou.

As primeiras análises já estão disponíveis no periódico internacional Pharmaceutics e Andris figura como coautor do artigo publicado. O procedimento consiste na injeção de nanopartículas de óxido de ferro no testículo do animal, que deve estar sedado. A partir daí, podem ser adotadas duas técnicas de esterilização: por meio da aplicação de um campo magnético (magnetohipertermia) ou de uma luz de LED (fotohipertermia).

No caso da magnetohipertermia, o campo magnético externo é aplicado na região dos testículos e as nanopartículas injetadas geram calor apenas no local da aplicação. Já na fotohipertermia, utiliza-se um LED infravermelho para que as nanopartículas transformem a luz em calor e promovam a esterilização. Nos dois procedimentos, a temperatura chega aos 45 graus, aproximadamente, e não causa queimaduras nos animais. Os processos duram em torno de 20 minutos, período no qual o animal permanece sedado.


UFG INCT Instituto de Física Castração Não-Cirúrgica Animais
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