Poder Goiás
Goiânia, 29/05/24
Matérias
Foto: Wesley Costa

"Hoje, temos uma dívida escalonada, com receita crescente”, explicou Caiado

‘Renegociamos uma dívida criminosa’, diz Caiado sobre reequilíbrio das contas do Estado

09/05/2022, às 19:02 · Por Eduardo Horacio

Em entrevista ao Grupo Jaime Câmara nesta segunda-feira, 9, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) também falou das medidas adotadas para conter a série histórica de déficit orçamentário que o Estado convivia desde 2012. Logo no seu primeiro ano de mandato, Caiado conseguiu reverter o quadro, passando a fechar as contas com superávit, fundamental para o reequilíbrio fiscal e retomada dos investimentos.

Ronaldo Caiado lembrou que Goiás pagava, em serviços da dívida, em torno de R$ 250 milhões por mês, cerca de R$ 3 bilhões por ano somente com amortização e juros. O valor representava em torno de 12,5% da receita do Estado, acima do teto de 11,5% permitido por lei.

“Renegociamos uma dívida criminosa. Ao precisar pagar uma dívida grande, renegociamos para não pagar R$ 3 bilhões ao ano. Hoje, temos uma dívida escalonada, com receita crescente”, explicou Caiado. Ele lembrou, ainda, que ao assumir o governo, o Estado tinha dívidas com 4,5 mil fornecedores, somando R$ 3,2 bilhões. Hoje, três anos depois, a carteira de credores se resume a pouco mais de 200 fornecedores e um montante de R$ 230 milhões.

Venda da Enel
Outro tema abordado pelo governador durante a entrevista foi sobre a possibilidade de venda da Enel Distribuição, concessionária de energia elétrica que atende Goiás, sucessora da estatal Celg-D, vendida em 2016 pelo então governador Marconi Perillo (PSDB). Caiado disse que é um assunto que tem acompanhado de perto e que já esteve, inclusive, com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, preocupado em manter os interesses da população goiana.

Caiado lembrou que a venda da estatal goiana foi um negócio que gerou grande prejuízo. A Celg-D, que havia sido federalizada em 2011, foi vendida por R$ 2,2 bilhões, cabendo a Goiás cerca de R$ 1,1 bilhões (R$ 800 milhões líquidos). O passivo deixado pela empresa, no entanto, assumido pelo Tesouro Estadual, passou dos R$ 7,5 bilhões – somando o empréstimo com a Caixa Econômica Federal, de cerca de R$ 2,5 bilhões; e outros R$ 5 bilhões em outorga de ICMS à Enel.


Dívida Governo de Goiás Ronaldo Caiado Marconi Perillo Entrevista
P U B L I C I D A D E