Pela quinta vez, Justiça nega pedido da defesa de Maurício Sampaio para adiar júri

A defesa do empresário Maurício Sampaio sofreu mais uma derrota na Justiça, que negou, pela quinta vez, suspensão do júri pela morte do jornalista Valério Luiz Oliveira, marcado após três adiamentos para 2 de maio. Desta vez, como mostra o jornal O Popular, o desembargador Ivo Favaro, que já havia negado dois dos outros quatro pedidos anteriores, alegou que a petição feita pelo advogado Luiz Carlos Silva Neto é igual a uma outra arquivada no começo do mês.

O advogado de defesa de Maurício Sampaio entrou com um habeas corpus no dia 7 de abril pedindo para que fosse adiado o julgamento no qual o empresário é acusado de encomendar a morte do jornalista, pagando aos outros envolvidos. A petição da defesa do empresário é para suspender o depoimento do comerciante Marcus Vinícius Xavier, que entrega o esquema que culminou com a morte de Valério e aponta Sampaio como o mandante do crime. Para Silva Neto, a oitiva foi feita de forma ilegal e direcionada para atingir seu cliente, sendo o único material da acusação contra ele.

O desembargador afirma, em despacho, apenas que o pedido é idêntico ao já apreciado em outro habeas corpus, protocolado no dia 12, “configurando litispendência”. Com isso, a petição foi indeferida e o processo extinto. Horas antes da decisão, publicada na última terça-feira, 19, a defesa de Sampaio já havia entrado com um pedido de desistência da demanda por ser repetida.

Silva Neto assumiu a defesa do empresário após a desistência do anterior, em março deste ano, e a mudança levou ao adiamento do júri previsto inicialmente para 14 de março. Antes, o julgamento foi adiado por causa da Covid-19 e por falta de estrutura do Tribunal de Justiça para a realização do mesmo.

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