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Maurício Sampaio tenta pela quinta vez adiar júri pela morte de Valério Luiz, que está marcado para o dia 2 de maio

5º recurso: Maurício Sampaio tenta adiar novamente júri pela morte de Valério Luiz

09/04/2022, às 11:01 · Por Redação

O advogado Luiz Carlos Silva Neto, que defende o empresário Maurício Borges Sampaio da acusação de ter sido o mandante do assassinato do jornalista Valério Luiz, entrou com mais um recurso na Justiça para tentar adiar o julgamento do caso, marcado para 2 de maio. A insistência, que é o quinto recurso, é para retirar do processo o depoimento do comerciante Marcus Vinícius Pereira Xavier, como mostra o jornal O Popular.

Após ser preso em Portugal, Xavier voltou para o Brasil e em um novo depoimento entregou todo o esquema que culminou com o assassinato de Valério, apontando o empresário como mandante do crime. Além de Xavier e Sampaio, outras três pessoas respondem pelo crime: o sargento da PM Ademá Figueredo Aguiar Filho, acusado de ser o autor dos disparos, o sargento reformado da PM Djalma Gomes da Silva, e o empresário Urbano de Carvalho Malta.

O advogado Luiz Carlos Silva Neto, que assumiu a defesa de Maurício Sampaio em março deste ano, alega que a oitiva do comerciante deveria ser, para ele, explicar o motivo da fuga e que não havia “qualquer previsão legal” para o questionário feito sobre a morte do jornalista.

“No curso daquele depoimento, o corréu Marcus Vinícius realizou efetiva delação premiada oficiosa em face de todos os demais acusados, inclusive contra o paciente, respondeu de forma minudente a várias perguntas vinculadas diretamente às imputações feitas pela denúncia, e alargou de forma desmedida e sem qualquer previsão legal a ‘mera explicação da razão de sua fuga do país”, escreveu o advogado no recurso.

Ainda na petição, a defesa de Sampaio argumenta que a audiência marcada após a prisão de Xavier também não tem “amparo legal” e que como a fuga se deu mais de um ano após a morte de Valério o motivo para a mesma poderia ser vários outros, mas nenhum “decorrente direta ou indiretamente do homicídio narrado nos autos”.

No dia 22 de março, Silva Neto já havia entrado com um recurso pedindo para que fosse retirada a qualificadora da acusação de homicídio contra Sampaio alegando que ela se baseia exclusivamente com base neste depoimento de Xavier. Entretanto, a Justiça estadual arquivou o pedido dizendo que a questão já foi debatida. Uma liminar envolvendo o mesmo argumento já foi negado também no Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta semana.

Neste quinto recurso, a defesa do empresário volta a atacar o juiz questionando as perguntas que ele fez para Xavier durante a delação. “O magistrado de 1º grau, ao invés de obstar desde logo o interrogatório oficioso pela falta de participação das demais defesas, que não poderiam fazer reperguntas, instigou a consecução daquele interrogatório de forma totalmente parcial porque aconselhou diretamente uma das partes do processo (o acusado Marcus) a confessar o crime e a delatar terceiros porque o Magistrado possuía e possui interesse no julgamento do processo em favor da tese da acusação”, afirmou.


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