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Goiânia, 29/05/24
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Foto: Jackson Rodrigues

No pacote de benefícios apresentado à categoria durante as negociações, a Prefeitura de Goiânia propôs um aumento de 50% no auxílio locomoção dos professores e um novo reajuste de 10,16% na gratificação de regência

Prefeitura de Goiânia segue LRF e garante reajuste de 10,16% para professores e garantias acima do piso salarial

06/04/2022, às 21:01 · Por Redação

Mesmo com a garantia do pagamento integral do piso nacional dos professores por parte da Prefeitura de Goiânia, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) decidiu, em assembleia realizada nesta segunda-feira, 4, pela continuidade da greve na Rede Municipal de Ensino da capital, que já dura 21 dias e prejudica milhares de alunos. 

Além do cumprimento do piso, a proposta, apresentada na última sexta-feira, dia 1º, pela Secretaria Municipal de Educação (SME) e rejeitada pelo sindicato nesta segunda-feira, 4, garante um reajuste de 10,16% para os professores que já recebem acima do piso. 

O percentual apresentado leva em consideração a capacidade orçamentária do município e foi exatamente igual ao reajuste proposto pelo Governo de Goiás aos professores. No cenário estadual, o Sintego aprovou o reajuste de 10,16%. Mas, em Goiânia, a entidade insiste na continuidade do movimento grevista, mesmo após dois anos de prejuízos educacionais incalculáveis provocados pela pandemia de Covid-19, e pela ausência de crianças e adolescentes em salas de aula. 

Pacote
No pacote de benefícios apresentado à categoria durante as negociações, a Prefeitura de Goiânia propôs um aumento de 50% no auxílio locomoção dos professores e um novo reajuste de 10,16% na gratificação de regência de todos os professores que estão em sala de aula. 

A proposta apresentada, segundo a SME, inclui também um reajuste de 9,32% nos vencimentos dos servidores administrativos e a criação do vale locomoção no valor de R$ 250 para esse grupo de profissionais. 

Com todos esses benefícios, a gestão municipal garante que cumprirá integralmente o piso nacional atualizado em 2022 pelo Governo Federal, que atualmente é de R$ 3.846,66 para 40 horas semanais de trabalho.

A greve chega ao impasse porque, de acordo com fontes do Paço Municipal, qualquer reajuste acima do índice proposto (10,16%), o mesmo estabelecido pelo Governo do Estado, inevitavelmente a prefeitura vai afetar o limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) quanto aos gastos com folha de pagamento dos servidores, considerando ativos e inativos. 

A radicalização do movimento grevista, e a tendência à politização, neste sentido, continuará a prejudicar alunos e suas famílias, em especial as mães que precisam trabalhar, e não têm onde deixar os filhos. 


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