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Goiânia, 29/05/24
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Projeto batizado em homenagem ao humorista Paulo Gustavo, que morreu de Covid-19, previa repasse de R$ 3,9 bilhões ao setor cultural

Com veto da Lei Paulo Gustavo, Goiás perde R$ 130 milhões para Cultura

06/04/2022, às 16:15 · Por Redação

Goiás vai deixar de receber aproximadamente R$ 130 milhões de apoio à cultura depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou integralmente o projeto que cria a “Lei Paulo Gustavo”, que previa o repasse de recursos federais no valor de R$ 3,9 bilhões a estados e municípios para ajudar a mitigar os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre o setor cultural.

Em nota divulgada nesta terça-feira, 5, a Secretaria-Geral da Presidência informou sobre o veto e argumentou que o projeto de lei prevê uma despesa sujeita ao teto de gastos sem apresentar formas de compensá-la e, portanto, contraria o interesse público. Bolsonaro, por sua vez, argumentou ainda que a medida "incorreria em compressão das despesas discricionárias que se encontram em níveis criticamente baixos".

Do repasse total previsto, cerca de R$ 2,8 bilhões seriam destinados à área audiovisual e cerca de R$ 1,1 bilhão a ações emergenciais no setor cultural. Os recursos deveriam vir do Fundo Nacional da Cultura, do Orçamento da União e de outras fontes não especificadas na proposta e deveriam ser operados diretamente por estados e municípios.

O projeto homenageia o ator e humorista Paulo Gustavo, que morreu em maio do ano passado, aos 42 anos, vítima de covid-19. A proposta, de autoria do senador Paulo Rocha (PT-Pará), havia sido aprovada pelo Senado no último dia 15 de março. Antes disso, a Casa já havia dado aval à proposta em novembro, mas nesse meio tempo o projeto sofreu alterações na Câmara e voltou ao Senado.

Após a aprovação do projeto de lei pelo Senado, apoiadores de Bolsonaro pediram que o presidente vetasse o texto. O então secretário especial de Cultura, Mario Frias, chamou o projeto de absurdo. O deputado Eduardo Bolsonaro também se manifestou contra a proposta. O veto de Bolsonaro foi publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira, 6, e o Congresso ainda pode derrubá-lo.


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