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Em Goiás, além do aumento da temperatura média, as estações também apresentaram elevação da temperatura máxima

Temperatura está até 1,3°C mais alta em Goiás e força chuvas fortes em março

28/03/2022, às 08:22 · Por Redação

Goiás está a cada ano mais quente com elevação das temperaturas médias anuais de 0,6 °C a 1,3 °C. O aumento da temperatura impacta diretamente no regime de chuvas e na umidade relativa do ar, além de agravar cenários do período de estiagem, e o goiano sente consequências na qualidade de vida.

As normais climatológicas são produzidas a cada dez anos pelo Inmet. Para isso, o instituto faz uma média com os dados meteorológicos referentes aos trinta anos anteriores. Assim, é possível estabelecer uma referência do clima para cada cidade, estado e região do país.

No Brasil, de uma maneira geral, os dados mais recentes confirmaram a tendência das últimas décadas de aumento na temperatura média. Em Goiás, além do aumento da temperatura média, as estações também apresentaram elevação da temperatura máxima. “Incrementos de temperatura e redução da umidade relativa do ar foram verificados em Goiânia, Aragarças, Catalão, Formosa, cidade de Goiás, Jataí e Pirenópolis”, cita Diego Tarley do Nascimento, professor adjunto do Instituto de Estudos Socioambientais da Universidade Federal de Goiás. Nem todas as regiões goianas têm medições atuais para serem comparadas com os dados do século passado, pois há estações mais recentes e outras que foram desativas ao longo dos anos. Entre as que possibilitam a avaliação, Aragarças é que a que tem maior elevação da temperatura máxima. O pico de 1961 e 1990 foi de 33,7˚ C. Já no período de 1991 a 220, ele foi de 36,5 ˚ C, elevação de 2,8 ˚ C. Em Jataí, a temperatura máxima foi 2,2 ˚ mais alta na medição de 1991 a 2020, em comparação com a médição de 1961 a 1990. 

Com exceção de Goiânia e Ipameri, as outras estações do Inmet em Goiás registraram redução do volume anual de chuvas. Sete estações apresentaram queda na umidade relativa do ar. O destaque fica com Aragarças, que teve redução de 169,6 milímetros (mm) no volume anual de precipitação e de 10,4 pontos na umidade relativa do ar, quando comparadas as anuais climatológicas de 1961 a 1990 e 1991 a 2020. O gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cihmego), André Amorim, explica que o aumento da temperatura interfere também nas chuvas e na umidade do ar. “É um efeito em cadeia”, diz. De acordo com ele, apesar de o aumento de até dois graus na temperatura média aparentar ser pequeno, ele traz impactos na qualidade de vida das pessoas. “Além do desconforto térmico e do risco à saúde que a baixa umidade relativa do ar traz, existe também uma preocupação com o agravamento das chuvas extremas, estiagem e queimadas”, aponta. 



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