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Goiânia, 29/05/24
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Enel Distribuição Goiás descumpriu em 2021 metas de melhorias acordadas com o governo federal, o que fez com que o plano de resultados tivesse reprovação antecipada e fosse instaurado mais um procedimento de ação fiscalizadora

De novo, Enel está entre piores concessionárias de energia no país

28/03/2022, às 08:38 · Por Redação

A Enel Distribuição Goiás é novamente uma das piores concessionárias do País em ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) onde tem o terceiro pior desempenho entre 29 companhias de grande porte avaliadas em 2021. Esta foi a mesma colocação que a antiga Celg Distribuição (Celg D) alcançou em 2020.

A novidade é que houve piora na duração das interrupções e agora os goianos ficaram no escuro em média 18,75 horas ante 16,48 horas registradas em 2020. Enquanto isso, o limite estabelecido pelo órgão regulador é de 12,58 horas. Desde 2007, a população convive com a transgressão nesse indicador de qualidade, o que expõe o fato de que muitos passam até dias sem ter energia elétrica.

A empresa há 14 anos descumpre o tempo máximo estipulado e isso também explica a presença da companhia desde 2012 nas últimas posições do ranking nacional. Para se ter ideia, ao longo do ano passado, o cálculo do órgão é de que o serviço de fornecimento de eletricidade permaneceu disponível por 99,86% do tempo, na média do Brasil, com 11,84 horas no escuro.

Cenário distante mais de seis horas da realidade vivenciada na concessão do grupo italiano em Goiás. Segundo a agência, essa classificação é elaborada com base no Desempenho Global de Continuidade (DGC), formado a partir da comparação dos valores apurados anualmente tanto para a duração das interrupções (DEC) quanto para a frequência em que elas ocorrem (FEC) em relação aos limites estabelecidos.

A divulgação tem o objetivo de incentivar que as concessionárias busquem a melhoria contínua da qualidade do serviço. Das empresas de grande porte do País, entre as melhores colocadas no ranking de continuidade, estão a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), em primeiro lugar, seguida pela Energisa Tocantins e pela Energisa Paraíba.

A distribuidora que mais evoluiu em 2021 foi a Light (RJ), com um avanço de dez posições. Já a que mais regrediu foi a Equatorial MA, que registrou queda de 20 posições em relação a 2020. Compensação Quando ocorrem as interrupções de energia para além do permitido, as distribuidoras precisam compensar financeiramente os consumidores.

O que ocorre de forma automática e em até dois meses após o mês de apuração do indicador – quando houve a queda no fornecimento. O valor das compensações de continuidade pagas registrou aumento no País, passou de R$634 milhões, em 2020, para R$ 718 milhões em 2021. A quantidade apresentou incremento, de 79,49 milhões para 79,97 milhões. No caso da Enel Goiás, a duração das falhas do serviço também terminou por refletir um impulso neste quesito. Em um ano, passou de R$ 66,401 milhões para R$ 94,487 milhões. E a quantidade de compensações pagas saltou de 5,953 milhões para 6,738 milhões em 2021.


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