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Goiânia, 29/05/24
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Pedido de afastamento da perita Khátia Mendes Magalhães foi feito pelo Ministério Público do Estado de Goiás

Perita de Caldas Novas que planejou próprio atentado é afastada pela Justiça

23/03/2022, às 08:02 · Por Redação

Após pedidos do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), a Justiça decidiu afastar a perita criminal Káthia Mendes Magalhães e o servidor municipal Douglas Souza de Oliveira do exercício de suas funções pelo prazo de 180 dias. Além disso, também foi determinada a quebra de sigilos telefônicos dos dois, bem como a suspensão do porte de armas e recolhimento das armas de fogo de ambos.

Os dois são investigados por terem simulado um atentado contra Káthia no último dia 10 de março na rodovia GO-213. A versão inicial que a perita apresentou era de que teria sido supostamente barrada por uma motocicleta quando estava transitando pela rodovia. O passageiro da moto teria descido e efetuado três disparos de arma de fogo, sendo que um desses tiros a atingiu de raspão no ombro.

Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que a versão era inverídica pois teria sido Káthia que havia planejado o atentado contra a própria vida e que este teria sido executado em parceria com Douglas. A intenção era obter transferência de lotação e progressão na carreira. A perita criminal confessou o propósito para a Polícia Civil.

Para executar o plano, foi utilizado um revólver calibre 32, que estava no Posto da Polícia Técnico-Científica para realização de perícia, e foi retirado do local por Káthia e entregue a Douglas. A arma foi devolvida logo após a sua utilização, tendo a perita entregue as chaves do armário ao servidor municipal, que jogou as cápsulas deflagradas, munições de testes e as chaves em um rio.

O promotor de Justiça Sávio Fraga e Greco, requereu também que os acusados fossem proibidos de manterem contato entre si e com os demais peritos e servidores do Serviço de Verificação de Óbito (SVO)/Perícia e ainda entre as testemunhas.

Além disso, foi comunicado o ocorrido à Corregedoria da Polícia Técnico-Científica e Corregedoria do Município de Caldas Novas para a devida apuração em esfera administrativa. A juíza do caso, Vaneska da Silva Baruki acolheu integralmente as representações formuladas pelo MPGO e pela Polícia Civil.


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