Após repercussão negativa, TCM-GO cancela nomeação do deputado Bruno Peixoto

O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) publicou, no começo da noite da última sexta-feira, 19, portaria que torna sem efeito a nomeação do filho do deputado estadual Bruno Peixoto (MDB), líder do governo na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), para um cargo de assessor especial no gabinete do presidente do TCM.

Em suas páginas nas redes sociais, o tribunal publicou a reprodução do documento, assinado pelo conselheiro Joaquim de Castro. No post, os seguidores não só disseram que era a coisa certa a fazer, como condenaram a nomeação e classificaram-na com adjetivos como “vergonhosa” e “imoral”.

Gabriel Gontijo Peixoto é o filho caçula do deputado. Completou 18 anos em fevereiro e receberia um salário de R$ 6 mil, mais R$ 1,6 mil de benefícios, como auxílio-alimentação e auxílio-saúde. Bruno afirma que o filho havia sido “convidado” por Joaquim de Castro para integrar a equipe, mas que declinou do convite para “evitar possíveis desgastes” depois que notícia se espalhou.

“O fato de ser filho do Líder do Governo, neste momento, atrapalha seu crescimento profissional e interrompe seu sonho. Mas não desista dele! Conte com meu apoio e admiração, pois reconheço o seu caráter, esforço e dedicação nos estudos”, postou o líder do governo em suas redes sociais.

O parlamentar chegou a reclamar da veiculação do assunto no jornal O Popular. Ele não concordou com a  divulgação do salário "em jornal de grande circulação", mas não levou em consideração que os dados da remuneração de todos os servidores públicos são abertos em portais de transparência por determinação legal.

A mulher do deputado e mãe de Gabriel, Luciene Gontijo tem cargo comissionado na Companhia de Desenvolvimento de Goiás (Codego), estatal do governo, com salário de R$ 10 mil.

---

Nomeação TCM Bruno Peixoto Alego