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Goiânia, 29/05/24
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Tenente-coronel da PM de Goiás Clécio Teles dos Santos foi denunciado após a revelação de vídeos que mostram alunos carregando 6 mil telhas e dentro da piscina com falas de idolatria a ele

Polícia Militar envia para reserva ex-diretor do Colégio Militar de Aparecida de Goiânia

08/03/2022, às 15:40 · Por Redação

O tenente-coronel da Polícia Militar Clécio Teles dos Santos denunciado por pais de estudantes do Colégio Estadual da Polícia Militar Colina Azul, em Aparecida de Goiânia, foi enviado para a reserva remunerada pelo secretário estadual de Segurança Pública, Rodney Miranda, como publicado no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira, 7. O militar se envolveu em escândalos após vídeos dele com os estudantes da instituição de ensino circularem pelas redes sociais.

Nas filmagens, os alunos são obrigados a idolatrar o tenente e até mesmo o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) durante as atividades na unidade. Em um dos vídeos, os alunos aparecem dentro de uma piscina, uniformizados, tendo que tecer diversos elogios ao ex-funcionário do colégio. Em uma das gravações, inclusive, é possível ouvir que cada aluno precisa fazer um elogio ao funcionário antes que a atividade prossiga. No final da atividade eles são obrigados a fazer um grito de guerra.

Em outras vídeos, os adolescentes aparecem tendo que atravessar um lago, passar por um trecho pendurado por cordas e virar pneus. Alguns pais chamaram de “treinamento militar”. No final de março, um novo vídeo surgiu. Um grupo de cerca de 30 alunos do colégio aparece sem máscara, capacete, ou qualquer item de proteção em cima do telhado da unidade escolar após terem carregado 6 mil telhas.

Junto com o Clécio entoa gritos de motivação. “E a seis mil telhas, que nós subimos. Seis mil telhas. O terceiro ano [apontando para os alunos] e o escravo [apontando para si mesmo]”, diz o homem. Após o episódio, o tenente-coronel deixou a direção do colégio militar.

Por meio de uma rede social, o tenente-coronel classificou a saída como uma mudança natural e discordou da maneira como foi retirado do cargo. “A forma da passagem de comando não nos agradou”. Ele escreveu também que não teve o direito de se despedir dos alunos e que “o momento dita as regras”. O tenente-coronel disse que o episódio é uma injustiça e que os alunos se voluntariaram para levar as telhas.

Ele ainda agradeceu o apoio de alguns pais que pediram pela permanência do tenente-coronel no cargo. "Estou muito feliz com a postura dos pais e alunos os quais rendo a minha estima e consideração', agradeceu.


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