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Goiânia, 29/05/24
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Quadrilha ligava para as vítimas, fingindo ser do banco, e mandava um suposto funcionário para averiguação na casa dos clientes, sob alegação de que teriam sofrido uma tentativa de fraude

Acusados por aplicar golpe do cartão de crédito clonado em Jataí e Paraúna são condenados

03/03/2022, às 14:44 · Por Redação

Em sentença da juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores, quatro homens acusados de aplicar golpes nas cidades de Jataí e Paraúna foram condenados a penas de até nove anos de reclusão.

A quadrilha ligava para as vítimas, fingindo ser do banco, e mandava um suposto funcionário para averiguação na casa dos clientes, sob alegação de que teriam sofrido uma tentativa de fraude. Ludibriada, a vítima entregava senha, cartão bancário e demais dados sigilosos. Os prejuízos apurados ultrapassaram R$ 40 mil. Segundo apuração, o núcleo operacional do grupo atuava na capital de São Paulo e ainda está sob investigação.

Na sentença, a magistrada ponderou que os quatro homens agiam sempre com o mesmo modo de atuação e divisão de tarefas de forma “estável e permanente”. Conforme Placidina Pires, o crime cometido pela organização é enquadrado como furto qualificado e não como estelionato, tendo diferenças entre as penas, uma vez que o último delito prevê uma sanção mais branda.

“A fraude empregada permitiu que a vigilância das vítimas sobre seus ativos em dinheiro, mantidos em contas bancárias, fosse burlada e reduzida, sendo que, em nenhum momento, a fraude visava que a vítima fosse enganada a, voluntariamente, entregar valores em dinheiro de suas contas (o que seria estelionato), mas sim seus dados e cartões”.

Foram condenados Rodrigo de Melo Barbosa e Rafael Costa de Oliveira a nove anos de reclusão; e Evandro Tenório Barros de Mattos e Rodrigo de Carvalho Silva a oito anos e três meses de reclusão – todos em regime inicialmente fechado. Os réus também deverão indenizar as sete vítimas, que somaram prejuízos de cerca R$ 40 mil.


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