Baldy suspeita que veto para vaga no Ministério da Economia foi político

O presidente do Progressistas em Goiás, Alexandre Baldy, reconheceu que foi vetado no Ministério da Economia, em dezembro, porque tentou-se, na época, antecipar acordos eleitorais para a chapa de governador no estado.

A declaração foi dada durante entrevista ao programa Papo Político, da CBN Goiânia, nesta última terça-feira, 1º. Baldy havia sido indicado pelo ministro da Casa Civil e presidente nacional do Progressistas, Ciro Nogueira, e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para a vaga de articulador político do Ministério da Economia.

No entanto, em dezembro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou a nomeação do goiano. Na época, a informação era de que Bolsonaro não aceitou a indicação de Baldy pelo fato de que o pepista estava na base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e trabalhando para ser candidato ao Senado na chapa caiadista, e, ainda, por ele ter sido secretário de Transportes Metropolitanos na gestão do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), um de seus principais adversários. Na época, Bolsonaro havia dado aval para que o deputado federal por Goiás Vitor Hugo (União Brasil) articulasse um grupo em Goiás para lançar candidatura contra Caiado. À CBN, nesta terça, Baldy disse que o acordo pela sua nomeação foi desfeito porque “buscou-se transformar (a conversa) em uma discussão antecipada das eleições de 2022”.

“Queriam que nós já fechássemos uma aliança em virtude de uma pré-candidatura ao governo do estado, mas nós não antecipamos essa discussão. Dessa forma, foi um veto político”, detalhou. Segundo Baldy, havia um interesse do Planalto de que já fosse fechada, naquele momento, uma chapa majoritária. “Eu atendi naquele momento o pedido do ministro Paulo Guedes para ajudá-lo a aprovar o orçamento e ajudá-lo em outras matérias, portanto, eu não tinha nenhum interesse de antecipar o debate político eleitoral, desse modo minha ida foi vetada”, reforçou.

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