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Goiânia, 11/06/24
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Maguito Vilela, que sonha com aliança com PSDB de Marconi: "é importante que os prefeitos (expulsos) se manifestem se eles realmente querem o perdão ou não, se querem se reintegrar ao partido e acatar as convenções e decisões partidárias ou não”

Maguito, que flerta com PSDB, cobra rendição de dissidentes do MDB

13/07/2019, às 03:02 · Por Eduardo Horacio

Diante do pedido do prefeito de Goiânia Iris Rezende, em carta aberta, para que o MDB cancele o processo de expulsão de dissidentes, a estratégia do presidente estadual da legenda, Daniel Vilela, foi de manter-se em silêncio e escalar o pai, o ex-governador Maguito Vilela, para se posicionar em nome do grupo.

Maguito Vilela não agiu como conciliador, como era de se esperar de um dos principais líderes do partido no Estado, e cobrou a capitulação completa dos prefeitos Adib Elias (Catalão), Paulo do Vale (Rio Verde) e Fausto Mariano (Turvânia), que enfrentam processo de expulsão por terem apoiado a eleição de Ronaldo Caiado (DEM) ao governo no ano passado.

Na prática, Maguito agiu em sintonia com a posição do filho Daniel Viela, distante do pensamento conciliatório sugerido por Iris em carta. O perdão aos prefeitos só viria se fosse acompanhado de reconhecimento de uma posição equivocada, ou seja, de uma rendição, de uma humilhação pública, o que na prática inviabiliza o pedido do prefeito.

“Acho a atitude (de Iris) louvável, mas é importante que os prefeitos se manifestem se eles realmente querem o perdão ou não, se querem se reintegrar ao partido e acatar as convenções e decisões partidárias ou não”, afirmou Maguito, em declaração ao Giro, de O Popular.

O ex-governador ressaltou ainda que os diretórios municipais têm autonomia para decidir e que será importante que eles se manifestem. Os diretórios, no entanto, foram montados por Daniel Vilela sem a participação dos prefeitos – motivo inicial do embate entre eles –, o que só reforça a percepção de que Maguito e Daniel rechaçam qualquer possibilidade de retorno dos prefeitos ao MDB.

Novos aliados
Ao mesmo tempo em que se esforçam para manter longe do partido qualquer pensamento dissonante com a expulsão dos prefeitos aliados ao governador Ronaldo Caiado, Maguito e Daniel flertam abertamente com o PSDB, histórico adversário do MDB em Goiás.

Há cerca de um mês Maguito afirmou ter ficado honrado com a menção do deputado federal Célio Silveira de que os tucanos deveriam apoiá-lo na disputa pela prefeitura de Goiânia, em 2020. Em Aparecida de Goiânia, cidade comandada pelo grupo liderado por Maguito, a possibilidade de aliança entre MDB e PSDB é praticamente dada como certa – e propalada aos quatro cantos.

A aproximação com o PSDB e a recusa de passar uma borracha no processo de expulsão dos prefeitos também reforça o distanciamento entre os grupos liderados por Maguito e Iris no MDB. Não à toa, Daniel Vilela não voltou a frequentar mutirões comandados por Iris depois de encerrada a eleição de 2018, diferente de Caiado. O prefeito de Goiânia mantém, portanto, proximidade com o governo de Ronaldo Caiado e, assim como os prefeitos dissidentes, descarta qualquer aliança com os tucanos em Goiás. 


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