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Goiânia, 29/05/24
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Por animal vendido de 110 quilos, o prejuízo pode passar de R$ 300, segundo o presidente da Associação Goiana de Suinocultura (AGS)

Suinocultor goiano amarga prejuízo com alta dos custos e baixa exportação

21/02/2022, às 17:14 · Por Redação

O produtor de suíno goiano - assim como o nacional - já pensa em paralisar a produção após uma escalada nos custos e excesso de oferta no mercado interno. A informação é do jornal O Popular.

A baixa remuneração aos produtores está pela expressiva alta nos custos de produção; queda nas exportações para a China; grande oferta no mercado interno, fazendo os preços caírem; capacidade de consumo do brasileiro cada vez mais pressionada pela inflação.

Por animal vendido de 110 quilos, o prejuízo pode passar de R$ 300, informa Eugênio Arantes Pires, presidente da Associação Goiana de Suinocultura (AGS).

Os relatos de suinocultores ligados à AGS, diz Pires, são de perda de quase R$ 3 por quilo de animal vendido, já que comercializam a carne por R$ 5, com custo médio em torno de R$ 7,80. Ele observa que o aumento da oferta de animais no país, onde ficam 81% da produção, não foi acompanhado por igual crescimento da demanda, o que está gerando essa turbulência no mercado.

A situação se agrava pelos custos maiores de produção. O preço do milho, que representa 73% da composição total da ração, subiu mais de 88% em 2021, enquanto o farelo de soja, que participa com 22%, teve alta de mais de 120% no período, explica Pires.

“De janeiro a janeiro, o farelo de soja subiu 155%”, ressalta. Milho e soja são responsáveis por mais de 80% da participação do custo operacional total. Além disso, ficaram mais caros as vitaminas e os aminoácidos usados para fazer a ração, cujos preços são em dólar. Pires cita como exemplo a lisina, cujo preço, observa ele, passou de R$ 8 para R$ 32 o quilo em apenas seis meses.


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