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Foi também a primeira vez desde 2015 que a inflação ficou acima de 10%

Chuvas devem manter inflação pressionada em Goiás

21/02/2022, às 16:51 · Por Redação

A chuva acima da média deve manter a inflação pressionada, puxada principalmente pelos alimentos em Goiás, tem impactado os preços dos alimentos em Goiás. Em janeiro, O IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo subiu 0,74%, a maior alta para o mês desde janeiro de 2016 (1,20%) e teve em alimentação e bebidas (1,48%) um dos vilões.

Conforme aponta o jornal O Popular desta segunda-feira, 21, nas Centrais de Abastecimento (Ceasa-GO), grande parte dos produtos sofreu reajuste devido ao clima. Entre os destaques, a abóbora cabotiá teve incremento de 186%. O valor mais praticado do saco com 20 quilos passou de R$ 35 para R$ 100 de 17 de janeiro para a cotação desta quinta-feira, 17. A menor oferta é a justificativa para os incrementos que chegam aos consumidores nas feiras e supermercados.

Conforme boletim agroclimatológico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em janeiro as chuvas ultrapassaram o volume médio em vários estados, com destaque para Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Tocantins e parte da Bahia. Por isso, os cultivos de hortaliças foram impactados e agora elas ficam mais caras no varejo. Esse excesso de umidade acarretou perdas e afetou a qualidade de produtos como as folhosas.

De outro lado, nos estados do Sul, onde também há envio de mercadorias para abastecer os goianos, a escassez hídrica e as altas temperaturas predominaram e trouxeram impactos. Se considerar aqueles produtos que têm maior peso no cálculo do IPCA, os aumentos mais importantes encontrados na Ceasa-GO foram: cenoura (114%), melancia (100%), maçã fuji (35%), cebola (8%), tomate longa vida (8%) e mamão havaí (20%).

O fenômeno não é regional, mas nacional. O país registrou em 2021 10,06% de inflação, a maior desde 2015. Foi também a primeira vez desde 2015 que a inflação ficou acima de 10%. O resultado foi quase o dobro da meta, 3,75%, e teve escalada de 7,94% de alimentação e bebidas. Transportes bateu 21,03%, o que engloba combustíveis, com grande crescimento provocado pelo preço internacional do petróleo e do câmbio depreciado. 


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