Prefeitura leva ação sobre pobreza menstrual ao Conjunto Vera Cruz em Goiânia

A Prefeitura de Goiânia promoveu uma ação de combate à pobreza menstrual na Ocupação do Conjunto Vera Cruz I, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas (SMDHPA). O encontro compõe o movimento Um Novo Ciclo pela Dignidade Menstrual, campanha que já atendeu mais de 800 mulheres goianas com a distribuição de absorventes e coletores menstruais. “A dignidade menstrual é direito de cada cidadão e um dever de todos nós, contribuir para mudança dessa realidade é uma das minhas missões”, pontua a secretária de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas, Dra. Cristina Lopes.

O projeto, que beneficiou mais de 60 mulheres em situação de vulnerabilidade, tem como objetivo combater a pobreza menstrual por meio de arrecadações e doações de absorventes e coletores. O programa defende a construção de políticas públicas de educação e distribuição gratuita desses itens, assim como a redução de impostos que incidem sobre eles. Além da Secretaria de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas (SMDHPA), Promillus e o Colégio Arena, o projeto conta com apoio de estudantes que lideram o Girl Up Brasil, em Goiânia. Um movimento global da Fundação das Nações Unidas que treina, inspira e conecta meninas para atuarem como líderes pela igualdade de gênero. Dignidade O contexto da pobreza menstrual no Brasil é uma temática sensível e de extrema importância. São diversas as implicações na saúde e nos direitos básicos de pessoas que não possuem acesso e condições de adquirir esses itens de higiene.

Em casos mais graves, pode levar à morte, tendo em vista que são utilizados métodos diversos e não higiênicos para lidar com ciclos menstruais em meio a situações de extrema necessidade. Por falta de absorvente, um em cada quatro estudantes já deixou de ir à escola no Brasil, apontam estudos da ONU. Transformar esse cenário é a proposta do Movimento Um Novo Ciclo. “É muito importante receber esses kits, já que muitas vezes não temos nem condições de comprar comida. É muito gratificante”, relatou Adriana, de 36 anos, uma das beneficiárias do projeto. A secretária Executiva de Direitos Humanos, Jordana Araújo, que estava presente durante a entrega, ressaltou: “Garantir o acesso aos absorventes e coletores menstruais é uma questão de saúde pública e de dignidade”. Segundo Jordana, “a pobreza menstrual é uma realidade silenciosa que pode ser transformada com iniciativas como esta e, principalmente, com a construção de políticas públicas.” A Secretaria de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas trabalha pela promoção do direito à dignidade menstrual, sendo um dos pontos fixos de arrecadação e distribuição de absorventes e coletores do Movimento Um Novo Ciclo. 

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