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As investigações apontaram que o profissional apareceu nas redes sociais realizando um procedimento chamado escleroterapia - que é uma aplicação de medicamento nas varizes

Cremego denuncia dono de clínica estética por exercer medicina ilegalmente em Goiânia

15/02/2022, às 12:12 · Por Redação

A Polícia Civil investiga se o dono de uma clínica estética, que não teve o nome divulgado, exerceu medicina ilegalmente em Goiânia. A delegada Renata Vieira disse que o profissional tem formação em biomedicina, mas aparece nas redes sociais realizando um procedimento que só poderia ser feito por médicos.

A denúncia de que o dono da clínica estaria atuando ilegalmente partiu do Conselho Regional de Medicina (Cremego). No entanto, o órgão também não divulgou o nome do profissional e da empresa.

Renata e agentes da corporação foram à clínica, que fica no Setor Eldorado, e ouviram o profissional. Aos policiais, ele negou ter se passado por médico. O investigado assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado.

A delegada disse que não houve necessidade de interditar a clínica ou impedir o profissional de continuar trabalhando como biomédico, que é a atividade que ele comprovou ter autorização para exercer.

As investigações apontaram que o profissional apareceu nas redes sociais realizando um procedimento chamado escleroterapia - que é uma aplicação de medicamento nas varizes.

O Cremego utiliza um parecer publicado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2015 que alerta que o tratamento só pode ser indicado e feito por médicos licenciados porque oferece riscos aos pacientes. Ainda de acordo com o Cremego, qualquer profissional formado em medicina no exterior precisa fazer uma prova aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), se quiser trabalhar no Brasil. Com essa aprovação, ele pode se credenciar ao conselho do estado em que deseja trabalhar.

Já o Conselho Regional de Biomedicina 3ª Região (CRBM-3) alertou que há um tratamento estético injetável para microvasos que é regulamentado e autorizado pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), que pode ser feito por biomédicos.

Segundo a delegada, o profissional em questão se formou em medicina no Paraguai, mas não passou neste teste para trabalhar no Brasil. Renata detalhou que a investigação continua para verificar a veracidade dos documentos apresentados pelo profissional e conseguir um parecer do Cremego sobre a atividade exercida por ele na clínica.



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