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Dalva Monteiro, de 51, mãe de Yasmim Monteiro, que é diarista, mas também está desempregada e passa por dificuldades

Pagamento do Bolsa Família é feito a endereço no Setor Marista, em Goiânia

11/02/2022, às 11:46 · Por Redação

Uma casa abandonada, localizada no Setor Marista, região nobre de Goiânia, se transformou, há seis anos, em um local de injustiça. Uma vez que uma pessoa que se diz moral no local está   cadastrada num sistema de famílias em situação de vulnerabilidade, recebendo pagamentos do Bolsa Família de outras pessoas desde 2016.

A situação foi descoberta, como mostra o jornal O Popular, depois que um dos beneficiários reais do Bolsa Família, que passou a se chamar Auxílio Brasil, pediu ajuda a um conselheiro tutelar e confirmou o desvio do pagamento junto ao Centro de Referência em Assistência Social (Cras) em uma consulta ao Cadastro Único.

A família vítima da fraude, composta por seis pessoas, vive no Residencial Itaipú, em Goiânia, e enfrenta sérias dificuldades financeiras. Recentemente, Yasmin Monteiro, 25, uma das integrantes da família e beneficiária do Bolsa Família, procurou o conselheiro para pedir ajuda, uma vez que ela e seus familiares estavam passando necessidade inclusive de alimentos.

O membro do Conselho Tutelar questionou Yasmin, que está desempregada, se a família recebia o benefício do governo federal, ao que a jovem respondeu que eles tinham o benefício, mas que haviam sido informados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) que outra pessoa estava recebendo por eles.

Conforme o relatório do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal uma mulher com residência cadastrada no setor Marista consta como “responsável familiar” e recebe os pagamentos do Bolsa Família de Yasmin e mais cinco pessoas de sua família. Além deles, outras cinco pessoas constam no cadastro de “parente”, totalizando 11.

“Nunca ouvi falar nessa pessoa. A gente nunca nem morou no rumo que ela mora”, afirmou Yasmin. No endereço cadastrado no sistema do Cadastro Único existe uma casa abandonada e os moradores da região relatam que o local está abandonado há anos.

Após descobrirem que uma outra pessoa estava recebendo os pagamentos do benefício, Yasmin e sua mãe, Dalva Monteiro, de 51, que é diarista, mas também está desempregada, procuraram a Polícia Civil. No entanto, após contato com a Polícia Federal, elas foram informados que deveriam ir à agência da Caixa Econômica da titular do benefício.

Na agência bancária, Yasmin e sua mãe foram orientadas a procurar, novamente, a Sedhs para tratar do assunto. A mulher disse que ouviu do funcionário que uma sindicância seria aberta para apurar a situação. 


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