Poder Goiás
Goiânia, 29/05/24
Matérias
Foto: Divulgação

O objetivo de Lula é formar em Goiás um palanque forte que sustente nacionalmente sua candidatura

Saiba o que Lula quis falar com Marconi no escritório de Roberto Teixeira em SP

24/01/2022, às 20:21 · Por Eduardo Horacio

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) no escritório do advogado Roberto Teixeira (que é sogro do também advogado Cristiano Zanin Martins), em São Paulo, em novembro, para tratar de um palanque estadual em Goiás. Um dos articuladores do encontro foi o petista Aloizio Mercadante, que ficou próximo de Marconi durante o governo de Dilma Rousseff (PT).

Lula quer um palanque forte em Goiás e esse palanque pode até incluir a presença de Marconi, se o objetivo claro for apoiar o PT no cenário nacional e combater o bolsonarismo no Estado. O palanque pode ter, como cabeça de chapa, o ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot (Patriota), que é pré-candidato a governador, ou o atual prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (sem partido), que também é pré-candidato a governador. Se Marconi Perillo for candidato a governador, a aliança com o PT está descartada.

O objetivo de Lula é formar em Goiás um palanque forte que sustente nacionalmente sua candidatura. Os planos A e B seriam as candidaturas de Darrot ou Mendanha, desde que um dos dois declare apoio explícito ao PT nacionalmente. O plano C do petista seria uma candidatura própria do partido. Em caso de candidatura própria, o nome preferido de Lula é de Edward Madureira, ex-reitor da UFG, e não o de Wolmir Amado, ex-reitor da PUC-GO.

Afundado em rejeição dentro do Estado de Goiás, Marconi vê com bons olhos uma aproximação com Lula. Primeiro porque nenhum dos pré-candidatos a governador até agora teve essa coragem (nem Darrot, menos ainda Mendanha) e segundo porque Lula pode reduzir ou amenizar a rejeição que Marconi sofre atualmente em Goiás. Um aceno à esquerda, ainda que fique só no aceno, já pode ser um bom ponto de partida. Quem não deve estar gostando nada dessa aproximação entre PT e PSDB é o governador João Doria, escolhido candidato a presidente nas prévias do PSDB e em explícito processo de esvaziamento interno. 

Mais tucanos
Nesta quinta-feira, 20, o petista teve um encontro com o ex-senador Aloysio Nunes Ferreira. A ideia é formar uma espécie de mutirão de convergências para a campanha de 2022.

Não é a primeira vez que Lula se encontra com o ex-ministro da Justiça e da Secretaria Geral da Presidência da República do governo FHC. Os dois se encontraram outra vez ano passado e vêm mantendo conversas por telefone. A aproximação se dá pelo esforço do ex-presidente para construir uma frente ampla de reconstrução do país.

A jornalista Bela Megale, de O Globo, apontou em reportagem que “o ex-senador Aloysio Nunes”, filiado ao PSDB, “mostrou ser favorável a uma chapa formada pelo petista com Geraldo Alckmin como seu vice”. Alckmin, no entanto, se filiaria ao PSB para ser vice de Lula.

Em entrevista à CNN, Aloysio falou mais do encontro. “Não se trata, neste momento, de apoio eleitoral. A conversa foi sobre Brasil. Disse a Lula que, se ele for eleito, o país que ele receberá estará em condições muito piores do que ele recebeu de Fernando Henrique Cardoso em 2002. Nesse contexto, concordamos que será preciso um ‘mutirão’ de muitas forças políticas para reconstruir em novas bases aquilo que foi desconstruído no governo Jair Bolsonaro”, frisou.


Lula Luiz Inácio Lula da Silva Marconi Perillo PT PSDB Eleições 2022 Roberto Teixeira Cristiano Zanin Martins Aloysio Nunes Ferreira Aloizio Mercadante
P U B L I C I D A D E