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Falta de profissionais agrava ainda mais o cenário de demanda aumentada de atendimentos na rede municipal que a capital enfrenta desde o fim de 2021

Número de trabalhadores da saúde com Covid-19 aumenta em Goiânia

20/01/2022, às 17:58 · Por Redação

Diversos profissionais da saúde e entidades da área têm reclamado da sobrecarga de trabalho causada pelo afastamento de colegas infectados pela Covid-19 em Goiânia. A situação agrava ainda mais o cenário de demanda aumentada de atendimentos na rede municipal que a capital enfrenta desde o fim de 2021.

A vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO), Néia Vieira, afirma que o sindicato tem recebido vários relatos de unidades de saúde na capital com um grande número de colaboradores afastados. “Ficamos sabendo de uma profissional que ela e o marido, que também é servidor, estão em casa porque foram infectados”, destaca.

Ela aponta que o déficit já existente de profissionais da saúde, somado à demanda aumentada das últimas semanas, por conta do aumento de casos de Covid-19, gripe e dengue, e ao fato de vários colaboradores estarem doentes, deixaram aqueles que seguem trabalhando ainda mais sobrecarregados. “Nos preocupamos principalmente com a saúde mental dessas pessoas”, pontua.

“Sabemos que a vacina é segura e reduz os riscos. Porém, eles já viram tantas pessoas morrendo e ficam com isso na cabeça”, relata. De acordo com ela, as contratações feitas pela Prefeitura de Goiânia como, por exemplo, não são suficientes. “Elas não resolvem. Precisamos de concursos para que possamos capacitar esses profissionais ao longo do tempo. Isso é benéfico para eles e para a população que será atendida”, destaca Néia.

Além do desfalque das equipes por conta dos casos de Covid-19, a presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Franscine Leão, afirma que desde dezembro os médicos que atendem na rede municipal de Goiânia têm sofrido com o quadro médico incompleto. “Nas unidades mais centrais os quadros estão completos. Porém, nas mais periféricas não. Muitas vezes os profissionais têm o plantão remanejado e têm de sair de uma unidade para outra sem aviso prévio por conta disso”, relata.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclareceu que “sempre mantém cada plantão de 12h com, no mínimo, três médicos por unidade de urgência” e que “um enorme esforço tem sido realizado para que todos que buscam as unidades de saúde sejam devidamente atendidos.” 

A pasta destacou ainda que “como toda população, os profissionais de saúde, até por realizarem o atendimento das pessoas, também estão positivando, razão pela qual a Secretaria de Saúde tem feito o remanejamento” e que “a Prefeitura entende que o momento atual é muito complexo para a população e está à disposição para resolver as questões e atender a todos da melhor forma possível.”



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