Filhas de Iris Rezende defendem homenagens em aeroporto e avenida da Capital

Em entrevista ao Jornal Opção, as filhas do ex-governador Iris Rezende, Ana Paula Rezende e Adriana Rezende, defenderam as homenagens ao pai que hoje são alvo de polêmicas. Elas são favoráveis à mudança do nome do Aeroporto de Goiânia em projeto de lei que tramita no Congresso Nacional e classificam como “pequeno” o veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) ao projeto que troca o nome da Avenida Castelo Branco.

“Aqui em Goiás, meu pai foi uma das figuras mais importantes para a construção desse Estado. Foi um homem que teve a vida inteira, 24 horas por dia, em prol dessa cidade, então é justo que ele receba várias homenagens”, avalia Ana Paula, sem entrar esmiuçar a polêmica existente em torno da substituição dos nomes atuais do aeroporto e da Avenida Castelo Branco.

“O aeroporto de Goiânia é a entrada da cidade, e nada mais justo que ter na entrada da cidade o nome de quem fez tanto por ela”, avalia Ana Paula. Aeroportos de outras capitais homenageiam políticos com trajetória relevante, como o ex-governador Franco Montoro que dá nome ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, ou o ex-presidente Tancredo Neves, ao Aeroporto Internacional de Confins, em Minas Gerais.

Adriana Rezende faz avaliação semelhante. “Ter o nome dele no portão municipal da cidade, na porta de entrada, seria a homenagem mais digna, porque seria do tamanho da grandeza dele”.

O projeto de lei do senador Luiz do Carmo (MDB) que muda o nome do Aeroporto de Goiânia de Santa Genoveva para Aeroporto Internacional Iris Rezende Machado foi aprovado pelo Senado e atualmente tramita na Câmara dos Deputados. O projeto foi alvo de críticas de familiares de Altamiro de Moura Pacheco, doador da área onde está instalado o aeroporto, e de integrantes da Igreja Católica – ambos lutam para manter o nome atual.

Avenida Iris Rezende
Sobre o veto do prefeito Rogério Cruz à mudança do nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Iris Rezende Machado, aprovada pela Câmara Municipal de Goiânia, Ana Paula afirmou não entender a motivação da negativa do prefeito. “Muito mais valoroso o nome de um político que fez história, em uma grande avenida da cidade, do que um ditador”, em referência ao ex-presidente Castelo Branco, o primeiro dos miliares que governou o País entre 1964 e 1985. Vale lembrar que o nome Castelo Branco também só foi adotado nos anos 70, em plena ditadura. Antes o nome era Avenida Maranhão.

“Às vezes eles alegam dificuldade jurídica na mudança do nome, mas acho isso tão pequeno frente ao que o meu pai representou. O nome dele, inclusive, valorizaria ainda mais aquele local”, acredita Ana Paula. Empresários locais apoiaram a decisão do prefeito, alegando que a troca do nome acarretaria em custos para os lojistas.

O projeto de lei que troca o nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Iris Rezende Machado, de autoria do vereador Clécio Alves (MDB), foi aprovado por 33 dos 35 vereadores. Porém, o prefeito Rogério Cruz vetou a mudança, alegando inconstitucionalidade por não ter havido consulta pública aos moradores da Avenida. Na justificativa, porém, o Paço demonstra preocupação em não contrariar os empresários avessos à mudança.

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