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Goiânia, 29/05/24
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Estimativa é que metade dos cerca de 49 mil profissionais no estado não estejam rodando por problemas de doença

Mais de 50% dos caminhoneiros de Goias estão afastados por casos de Covid-19

15/01/2022, às 16:01 · Por Redação

O número de afastamentos por Covid-19 ou gripes, as más condições das estradas e o alto custo do transporte rodoviário já tirou quase 50% dos caminhoneiros das estradas. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Terrestre e em Logística (CNTTT) estima que 30% dos empregados no setor já tenham sido afastados por conta de síndromes gripais nas últimas semanas.


Para o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Goiás (Sinditac), a média é que mais de 50% dos caminhoneiros já tenham parado os caminhões, o que pode gerar até risco de futuro desabastecimento de alguns produtos.


“Os afastamentos por Covid ocorrem em todas as atividades e conosco não é diferente. Tem muita gente doente”, diz o presidente do Sinditac, Vantuir José Rodrigues, acrescentando que a categoria já perdeu muitos companheiros para a doença, que não quiseram parar de trabalhar.


Vantuir estima que metade dos cerca de 49 mil profissionais no estado não estejam rodando por problemas de doença e pelo alto custo atual do transporte de cargas. “Pode começar a faltar produtos no País, pois nossa base do transporte de mercadorias é basicamente rodoviária”, alerta.


Afastado do trabalho há uma semana após testar positivo para a Covid-19, o caminhoneiro autônomo Luiz César Nunes da Silva, que transporta combustível, fala da dificuldade de ficar parado. “Temos muitos compromissos e ficar sem trabalhar é muito complicado. Ouvi falar hoje que já são mais de 80 mil caminhoneiros parados no País”, diz Luiz, que já havia tomado as duas doses da vacina.


Para o presidente da CNTTT, Jaime Bueno Aguiar, que também preside a Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários em Goiás e Tocantins (Fettransporte), o impacto sobre o setor é grande, assim como ocorre em praticamente todas as atividades econômicas. 


Ele conta que está em contato permanente com todas as federações nacionais e estima que cerca de 30% da categoria já tenha sido afetada pela contaminação por gripe ou Covid-19, com o afastamento do trabalho nos últimos dias.


Mesmo assim, ele não acredita que isso possa gerar algum risco de desabastecimento de produtos, como tem acontecido nos Estados Unidos, por exemplo. Isso porque o brasileiro consome muito mais produtos in natura, que são produzidos no próprio estado, além do fato de Goiás ter muitas agroindústrias. “Pelo menos no caso dos alimentos, não corremos este risco”, estima.



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