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Goiânia, 29/05/24
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Foto: Enio Medeiros

Em nota, o Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs) confirmou que a grande procura por testes RT-PCR desde meados de dezembro está provocando escassez de reagentes nos mercados

Colapso: Laboratórios recomendam que só sejam testados casos graves para Covid-19

13/01/2022, às 20:00 · Por Eduardo Horacio

A altíssima procura por testes para o diagnóstico de Covid-19 levou a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), por meio de seu Comitê de Análises Clínicas, a soltar uma nota técnica recomendando aos seus associados que priorizem os testes em pacientes mais graves em razão da possibilidade de faltar exames por causa da carência de insumos necessários à sua fabricação.

A restrição aos testes é o pior dos mundos, com efeito dominó: com muita gente não sendo testada, o número de casos é subnotificado, pacientes potencialmente graves podem demorar a ser examinados e o rastreio dos infectados fica inviável.

A Abramed informa que entre 3 e 8 de janeiro foram processados 240 mil testes nos laboratórios associados à entidade, um crescimento de 98% em relação aos dias 20 a 26 de dezembro de 2020.

Na nota técnica, a Abramed diz que a alta transmissibilidade da variante ômicron causou um aumento exponencial de casos de Covid-19 e que insumos para testes já faltam em outros países, por isso a orientação para que sejam priorizados os pacientes que buscarem pelo diagnóstico.

O Laboratório Hemolabor, que concentra os testes de Covid-19 em sua unidade do Setor Aeroporto, em Goiânia, já anunciou que vai atender a recomendação da Abramed. O Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh) também registrou um aumento substancial dos pedidos por testes RT-PCR nos últimos dias. A empresa considera alarmante a possibilidade de falta de insumos para os exames.

Em nota, o Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs) confirmou que a grande procura por testes RT-PCR desde meados de dezembro está provocando escassez de reagentes nos mercados nacional e internacional, mas esse reflexo ainda não é sentido em Goiás e que os laboratórios têm conseguido atender a demanda. 


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