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Foto: PSL na Câmara

Delegado Waldir é tracado por Joyce Hasselmann em Comissão que trata da reforma da previdência

PSL troca Delegado Waldir por Joice Hasselmann em comissão da Reforma da Previdência

05/07/2019, às 00:20 · Por Pedro Lopes

O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, optou ontem, 4 de julho, por retirar o Delegado Waldir (PSL) da comissão especial que discute a reforma da previdência e colocou em seu lugar a deputada e líder do Governo no Congresso Joice Hasselmann. A troca se deu em razão da falta de consenso interno ao costurar acordo para votar contra a proposta do PSD, que previa benefícios a categoria de policiais na reforma.

O PSL, que contava com o apoio massivo da categoria das forças de segurança pública, se viu acuado diante do impasse da reforma: se apoia os policiais  e encara o ônus dos custos, ou se leva adiante o discurso de enxugamento da previdência. Optou pela segunda alternativa. Agora, é atacado pela categoria policial, que acusa de traição tanto o partido quanto o presidente. 

Com o apoio do PSL, a comissão especial rejeitou nesta quarta-feira, 4, afrouxar as regras que desidratam a reforma e beneficiaria servidores da segurança pública. O partido, porém, não acatou os apelos feitos por Bolsonaro para suavizar as regras destinadas aos policiais. O presidente assumiu, em discurso à bancada ruralista, que errou ao não incluir benefícios à classe no texto original da reforma.

“Tem um equívoco que nós, governo, erramos e dá para resolver essa questão através do bom senso dos senhores. Eu peço, por favor. O discurso de alguns, como se quiséssemos privilegiar também polícia federal e polícia rodoviária federal, não procede. São aliados nossos e nunca tiveram privilégio no Brasil", disse o presidente.

O texto-base da reforma foi aprovado por 36 votos a 13. Mas falta ainda a comissão analisar os destaques de bancada  e os individuais, que propõem alterações no texto.

Dois deles, que tratavam de benefícios aos policiais, já foram rejeitados. “A defesa da nossa segurança pública não pode ser confundida com a defesa da Previdência Social. São coisas distintas”, argumentou o deputado Filipe Barros (PR).

O que diz a proposta
A proposta do PSD que beneficia à categoria sugeria idade mínima de 55 anos  aos homens e 53 as mulheres. O governo propôs 55 anos.

Outra proposta previa permissão de aposentadoria para quem superasse 17% a mais do período restante para concluir os anos mínimos de contribuição, segundo informou o jornal Folha de São Paulo. A mesma taxa valeria para as Forças Armadas, policiais militares e bombeiros.O governo, no entanto, recuou e chegou a propôs 100% dessa taxa, o que foi rejeitado pela categoria. 


Delegado Waldir Joice Hasselmann Reforma da Previdência
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