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Goiânia, 29/05/24
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Angelita Lima afirma que as três inscrições para a lista tríplice submetidas aos Conselho Universitário (Consuni) da UFG pertenciam ao mesmo grupo que venceu a eleição interna para a reitoria da Universidade

Angelita Lima vai assumir reitoria da Universidade Federal de Goiás

12/01/2022, às 18:02 · Por Eduardo Horacio

Atual diretora da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de Goiás (UFG), a professora Angelita Pereira Lima já decidiu, por meio de decisão coletiva de seu grupo, assumir a reitoria da Universidade. Ela foi nomeada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que não indicou a professora Sandramara Chaves, a primeira da lista tríplice e escolhida em consulta interna pela comunidade acadêmica.

Embora afirme que a decisão do presidente é uma “página triste” na história da UFG, Angelita afirma que irá “defender” o projeto vitorioso ao lado de Sandramara Chaves. “Lamentavelmente, é a primeira vez que a Universidade não tem o primeiro nome referendado. É uma página triste da UFG. Desde a minha graduação isso é respeitado. Estou aqui há 20 anos e é triste. Estamos solidários à Sandramara”, comentou Angelita em declaração ao jornal O Popular.  

Questionada sobre os próximos passos, Angelita afirma que ela e o grupo que comanda a Universidade precisam de tempo. Porém, ela reforça que sua gestão será de defesa do projeto eleito pela comunidade acadêmica e a tendência é de que Sandramara Chaves, que permanece no comando da reitoria até o próximo dia 14, também integre sua gestão.

“Eu não estou fora do projeto. Estou no projeto e ela não abandona o projeto. A forma de viabilizar isso não temos condições de responder. Nós vamos defender o projeto. Eu, Sandramara, Edward (Madureira, ex-reitor) e Jesiel Carvalho (primeiro nome na lista tríplice para vice-reitor) vamos defender esse projeto”, argumentou Angelita Lima.

Apesar de pautar suas declarações pela unidade do grupo hegemônico no comando da UFG, Angelita Lima se mostra preocupada em reforçar que o integra. “Embora soubéssemos do risco, ninguém contava que ela não fosse ser nomeada. A gente lutou muito por isso (...). De qualquer maneira, é público e notório que eu participei da campanha”, justifica a nova reitora.

Lista tríplice
Angelita Lima afirma que as três inscrições para a lista tríplice submetidas aos Conselho Universitário (Consuni) da UFG pertenciam ao mesmo grupo que venceu a eleição interna para a reitoria da Universidade. “Quem participou do projeto vitorioso se inscreveu. Seria lícito, embora não coerente com a UFG, que o projeto derrotado se inscrevesse. Segundo nome da lista tríplice, a professora Karla Emmanuela Ribeiro Hora também integrava o grupo vencedor.  

“O fato de eu fazer parte do mesmo projeto não desqualifica a possibilidade de eu me inscrever em um edital aberto. O que desqualifica é o governo federal não nomear o primeiro nome da lista. Não podemos inverter”, conclui Angelita Lima, argumentando que os questionamentos devem ser dirigidos exclusivamente ao governo federal.


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