Iris merece todas as homenagens, mas elas esbarram em atitudes pequenas

O ex-prefeito de Goiânia e ex-governador Iris Rezende Machado (MDB) morreu no último dia 9 de novembro, após complicações de um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido em agosto. Após a morte de um dos principais líderes políticos de Goiás, algumas homenagens relevantes a ele foram propostas, mas esbarram em justificativas vazias e problemas menores.

Além do veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) ao projeto de lei que transforma a Avenida Castelo Branco em Avenida Iris Rezende Machado, cessando assim a homenagem a um dos ditadores que presidiram o Brasil, a mudança do nome do Aeroporto Santa Genoveva para Aeroporto Internacional Iris Rezende Machado também enfrenta resistência entre parlamentares da bancada de Goiás no Congresso Nacional.

A troca de nome de uma das principais avenidas de Goiânia certamente causaria um transtorno burocrático ínfimo diante da importância de se homenagear o principal construtor da Capital – Goiânia como a conhecemos só existe graças a Iris Rezende. O veto do prefeito seguiu a recomendação dos empresários, que não queriam ter gastos que a mudança de nome ocasionaria.

Sobre a alegação da Procuradoria-Geral do Município de exigência de abaixo-assinado de moradores de uma avenida comercial, não merece nem comentários. Certamente, com a decisão política de não desagradar os empresários locais, a PGM foi atrás de um argumento legal, por mais tosco que possa parecer.

Da mesma forma, trocar o nome da padroeira de Paris, que nada tem a ver com Goiás e Goiânia, pelo do ex-governador no Aeroporto de Goiânia fará justiça ao ex-governador e irá selar uma homenagem a altura da enorme lista de serviços prestados por Iris Rezende ao povo goiano. Para isso, os parlamentares precisam superar também a alegação de que o nome já seria uma homenagem, ainda que ninguém soubesse dela até então.

---

Iris Rezende Homenagens