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Goiânia, 29/05/24
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O texto afirma ainda que Bolsonaro desrespeitou a comunidade acadêmica como desrespeita diariamente o povo brasileiro com sua política desastrosa na educação, saúde, economia, meio-ambiente e ciência

Entidades divulgam nota de repúdio contra intervenção de Bolsonaro em nomeação de reitora da UFG

11/01/2022, às 18:06 · Por Eduardo Horacio

Entidades representativas de professores, trabalhadores técnicos administrativos, estudantes e ex-alunos repudiaram em nota a decisão do presidente da República Jair Bolsonaro de não nomear a professora Sandramara Matias Chaves como reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), mesmo ela tendo sido a mais votada na consulta realizada pela comunidade universitária.

De acordo com a nota, o ato de Bolsonaro “desrespeita a vontade da maioria dos professores, estudantes e trabalhadores técnico-administrativos da instituição e despreza a autonomia universitária”. O texto lembra que a importância da autonomia universitária é tão importante que foi colocada na Constituição Federal, no artigo 207, como direito fundamental para o funcionamento de universidades e instituições federais de ensino.

“Ela garante uma gestão independente, livre e plural, administrativamente e na produção da ciência e do conhecimento a serviço da sociedade, independente de governos e gestores. Ao desrespeitá-la, Bolsonaro quebrou uma tradição de décadas, que pode provocar instabilidade na UFG, e faz parte do projeto político deste Governo e seus generais que promovem o desmonte da universidade pública e o avanço do autoritarismo”, diz a nota de repúdio. 

O texto afirma ainda que Bolsonaro desrespeitou a comunidade acadêmica como desrespeita diariamente o povo brasileiro com sua política desastrosa na educação, saúde, economia, meio-ambiente e ciência. “Desde o início do seu mandato, o presidente já escolheu mais de 20 reitores que não foram eleitos de forma democrática. Trata-se de um enorme retrocesso contra a democracia da universidade, promovido por um governo que reafirma diariamente seu perfil autoritário e coloca em risco a estabilidade do ambiente universitário”, segue a nota.

A nota de repúdio é assinada pelo Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos das IFEs do Estado de  Goiás (Sint-Ifesgo), Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFG, Associação de Pós-Graduandos da UFG, Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), União Estadual dos Estudantes de Goiás (UEE-GO), União Nacional dos Estudantes(UNE) e a Associação de Egressos e Egressas da UFG.

As entidades reafirmaram seu compromisso com o respeito à vontade da comunidade acadêmica, realizada dentro dos marcos legais, de quem deveria administrar a UFG nos próximos quatro anos. O texto diz ainda que as entidades manterão a defesa intransigente do papel do Estado na garantia do ensino público gratuito federal no País. “Em defesa da autonomia universitária! Reitora eleita é Reitora empossada! Fora Bolsonaro!”, encerra a nota de repúdio.


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