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Goiânia, 29/05/24
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Foto: Divulgação

Ainda segundo Edward Madureira, a decisão de Jair Bolsonaro de nomear o último nome da lista tríplice pode estar ligada ao seu posicionamento quando esteve à frente da Andifes

Edward Madureira afirma que escolha de nova reitora da UFG ‘é ato covarde e mesquinho’

11/01/2022, às 18:05 · Por Eduardo Horacio

O ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) Edward Madureira Brasil demonstrou indignação nesta terça-feira, 11, ao comentar a decisão do presidente Jair Bolsonaro de nomear a professora Angelita Pereira Lima para a reitoria da Universidade, contrariando a escolha do Conselho Universitário (Consuni) que enviou para a escolha do presidente uma lista tríplice com o nome da professora Sandramara Chaves em primeiro lugar. Angelita era o último nome da relação.

“É muito ruim se emocionar com sentimento ruim, mas eles não vão conseguir tirar o brilho dessa festa. É mais um ato covarde, mesquinho e desrespeitoso que se soma a todos os outros”, afirmou Edward Madureira. O ex-reitor participava da solenidade de posse das novas diretoras da Faculdade de Enfermagem, Camila Cardoso Caixeta e Natália Del Angelo Aredes.

“Santo Agostinho nos ensina que a esperança tem duas filhas lindas: a indignação e a coragem. A primeira nos ensina a não aceitar as coisas como elas estão e a segunda a muda-las. É preciso coragem para enfrentar o ataque às instituições públicas, à democracia e principalmente ao nosso maior valor, que é a autonomia universitária”, indignou-se Edward.

Ainda segundo Edward Madureira, a decisão de Jair Bolsonaro de nomear o último nome da lista tríplice pode estar ligada ao seu posicionamento quando esteve à frente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). “Nunca me calei. Sempre questionei a nomeação de dirigentes que não eram os primeiros da lista e talvez esteja pagando o preço por não ter ficado em silêncio”, concluiu o ex-reitor.

Preterida
Reitora em exercício da UFG até o próximo dia 14, Sandramara Chaves destacou os 16 anos de trabalho ao lado de Edward Madureira e também elogiou a Angelita Lima, que irá substitui-la. “É uma pessoa extremamente competente, que se dedica à UFG. O que está em jogo é a autonomia da Universidade, o respeito à comunidade universitária, à decisão do Consuni e o exercício da democracia”, questionou ela.

“É lamentável que este governo não respeite a universidade pública. O principal agora é preservar nossa instituição, encontrarmos o melhor caminho e unir forças para que a UFG continue mostrando a sua importância”, finalizou Sandramara Chaves.


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