Poder Goiás
Goiânia, 29/05/24
Matérias
Divulgação

Secretário de Economia de Goiás, Cristiane Schmidt, revela que o Estado fechou 2021 no azul

Secretária de Economia revela que Goiás fechou 2021 no azul

08/01/2022, às 07:39 · Por Redação

Depois de fechar o ano de 2021 no azul, a titular da Secretaria Estadual de Economia, Cristiane Schmidt, revelou em entrevista ao jornal O Popular que a pasta ainda deve enfrentar alguns desafios, mesmo com a adesão de Goiás ao Regime de Recuperação Fiscal ( RRF). “O resultado positivo só foi possível com efeito da inflação e das transferências federais sobre a receita”, contou ao acrescentar que um cenário que mudou especialmente com a previsão de que ocorram cortes que podem somar R$ 6 bilhões até 2024.


Questionada sobre os desafios com o RRF, Cristiane Schmidt disse que vai poder fazer concurso público. Segundo ela, o RRF não impede contrações e aumento de folha. “A Lei Complementar 159 anterior às modificações da LC 179 e 181 tinha problemas claros, quem entrasse não poderia fazer aumento de folha e contratação, impossível. Porque há máquina rodando. Todos os desafios são normais”, ressaltou.


“O maior desafio, que não é bem trazido pelo plano, mas por uma conjuntura que está sendo aventada, é com relação às nossas receitas. Porque há uma possibilidade de Goiás perder, até o ano de 2024, R$6 bilhões. Por decisões do STF ou do Congresso Nacional. Vou citar uma, já ocorreu e vai começar a partir de 2024. A perda de receita de telecomunicação e de serviço de energia elétrica, vamos perder cerca de R$ 2 bilhões. Outra receita que é possível que perca, R$ 400 milhões pelo Difal (diferencial de alíquotas entre Estados)”, ressalta.


Ao comentar sobre os riscos, ela pontuou que “o risco maior de voltar ao desequilíbrio não é que vou ter despesa desenfreada, não calculada. É que a receita vai cair. Como vou ficar com margem fiscal e como vou me ajustar? Isso vai acontecer para todos os estados. Mas para aqueles que estão tentando se ajustar é ainda mais desafiador. Não vou conseguir consolidação fiscal com riscos na receita. Não estou falando daqui a 20 anos. Em dois anos, perco R$ 2 bilhões e daqui um ano R$ 1 bilhão na receita. Para este ano é capaz de perder 400 milhões”, explicou.


Sobre o fechamento das contas de 2021, a secretária falou que ainda precisa contemporizar o que aconteceu em 2020 e 2021. “Porque mesmo no período de pandemia nós tivemos transferências federais e também tivemos uma inflação que fez com que as nossas receitas e de todos os estados e da União aumentassem além do que estava sendo previsto. Precisamos contemporizar, porque 2022 não é um ano que vem com boas perspectivas. Temos projeção de PIB só caindo. A inflação, por outro lado, foi muito elevada”, concluiu.


Sobre dívidas, a secretária Cristiane Schmidt contou ter uma dívida de longo prazo e tenho uma de curto, que é gigantesca, eram R$ 6 bilhões. “Estou ajustando e colocando agora a receita dentro da despesa. Tanto é que o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) que encaminhamos tem um ajuste de receitas por despesas em torno de R$ 37,8 bilhões, que é receita total e despesa total. Pela primeira vez entregamos um PLOA equilibrado e com as emendas impositivas de quase R$ 387 milhões para serem pagas, com todos duodécimos, com as 13 folhas e compromissos. Mas não consigo além de pagar esse passado todo pagar a dívida consolidada”, concluiu. 


Governo de Goiás Secretaria de Economia
P U B L I C I D A D E