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Atraso de Bolsonaro pode criar problemas para conseguir a aprovação da "portabilidade" da dívida em dólar dentro do RRF

Atraso pra assinar RRF pode levar negociação por água abaixo, diz secretária de Economia

22/12/2021, às 15:15 · Por Redação

A demora do presidente Jair Bolsonaro (PL) para assinar a adesão de Goiás ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) pode prejudicar mais de um ano de negociação feita pelo governo estadual.

As declarações foram concedidas ao jornal A Redação, pela secretária do Estado de Economia, Cristiane Schmidt, confirmou que a espera por melar o processo. "Se demorar, toda a nossa negociação, de mais de um ano, pode ir por água abaixo".

De acordo com a secretária Cristiane Schmidt, o atraso de Bolsonaro pode criar problemas para conseguir a aprovação da "portabilidade" da dívida em dólar dentro do RRF. "Caso o regime seja aprovado, será necessário que o Conselho do Banco Mundial aceite a adesão. Já estamos negociando há quase um ano. Quanto mais tempo demorar, maior chance do conselho negar."

A preocupação surge após falas recentes de Bolsonaro. Em live no último dia 16, o presidente da República afirmou que vai "esperar um pouco mais" para dar sua assinatura - única etapa pendente para homologação do plano. Bolsonaro, ainda durante a live, disse que a adesão ao Regime poderia ser utilizada posteriormente, pelos gestores de Goiás, para culpabilizar o presidente por problemas que poderiam surgir com o funcionalismo público goiano.

O presidente Jair Bolsonaro ainda solicitou a divulgação do plano feito pelo Governo de Goiás para aderir ao RRF. No entanto, o projeto só pode ser publicizado, por lei, após a homologação - que depende da assinatura presidencial, conforme informou a secretária ao AR. Para discutir o tema, o governador Ronaldo Caiado pretende realizar uma reunião com Bolsonaro. Desde 2019, Caiado solicita a adesão ao Regime devido às dívidas deixadas, conforme a atual gestão, pelo governo anterior. A ideia é suspender dívidas ativas para possibilitar a reestruturação das contas públicas.

Com a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, os gastos do Executivo estadual vão ficar limitados à evolução da inflação. A vigência do RRF será de nove anos, mas em entrevista ao AR em maio deste ano, a secretária Cristiane Schmidt estipulou que o Estado pode conseguir sanar suas dívidas antes mesmo de 2031 - quando terminaria o período citado.


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