P U B L I C I D A D E
Poder Goiás
Goiânia, 11/06/24
Matérias
Divulgação

Consequências deste avanço são o alto custo para atendimento das vítimas de acidentes com motocicletas e número de mortes, que representam em média um terço do total das ocorridas no trânsito

Frota de motos cresce até 11 vezes mais rápido que a de carros em Goiânia

06/12/2021, às 16:16 · Por Redação

A velocidade com que cresce o número de motos emplacadas em Goiânia segue num ritmo de bastante acelerado e chega a ser até 11 vezes maior que o de carros. Num caminho inverso, enquanto em 2020, a diferença entre um e outro era o dobro, antes o total de motos aumentou 1,8% contra 0,9% de carros em relação ao ano anterior, agora a diferença está de 2,3% para apenas 0,2% quando se compara o atual ano com 2020.

As consequências deste avanço podem ser ruins para a cidade de acordo com especialistas. Isso porque o custo para atendimento das vítimas de acidentes com motocicletas é alto, além das mortes, que representam em média um terço do total das ocorridas no trânsito.

“Temos graves problemas de fluidez e congestionamentos. As pessoas optam pela moto por achar que vão conseguir sair deste problema”, ressaltou o especialista em trânsito, Antenor Pinheiro, ao jornal O Popular.

Ele acrescenta que a crise no transporte coletivo, que tem valor alto e não oferece bom serviço, é outra explicação. Outro motivo foi o maior número de prestadores de serviços usando motos durante a pandemia, consequência direta do crescimento do serviço de entrega durante a pandemia de Coronavírus.

“Virou uma ferramenta de trabalho. O maior problema, neste caso, são os prazos exigidos para entregas. “Os motociclistas se arriscam em alta velocidade para atender o prazo. Tem muita gente morrendo em nome de uma pizza quente", comenta.

O titular da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Ismael Alexandrino, destacou em evento recente do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) que cerca de 30% das atividades dos hospitais goianos são relacionadas ao trauma. “Estive no Hugol (Hospital de Urgências Governador Otávio Lage) recentemente e o pronto-socorro estava lotado. Falei com os diretores e eles disseram que é perfil deste tipo de acidente, a maioria motociclistas”, comenta Alexandrino.

Ele acrescenta que o custo para estes atendimentos é alto porque demanda ortopedia, traumatologia, torácico, neurocirurgia, além de insumo, dinheiro e tempo. 



Motos Goiânia Acidentes
P U B L I C I D A D E