Presos suspeitos de dar golpe em pirâmide financeira de apostas esportivas

Quatro suspeitos de intermediação de apostas em jogos esportivos foram presos em Goiás em ação que cumpriu 74 medidas cautelares para desarticular a quadrilha de Bela Vista de Goiás, Região Metropolitana da capital. 

Os suspeitos de ligação com intermediação de apostas em jogos esportivos e investimentos em criptomoeadas foram alvos da Operação Octopus, da Polícia Civil, que teve apoio do Ministério da Justiça. A ação começou na sexta-feira, 26, mas as investigações já duram três meses e apontaram que o grupo que atuava com investimentos em instituições com renda variável, prometia lucro certo de 50% ao mês no início das atividades (primeiro semestre de 2020) e 30% em período mais recente.

A Polícia Civil fez o bloqueio judicial de aproximadamente R$ 20 milhões, 15 sequestros de valores em contas de investigados em instituições financeiras, com o cumprimento de quatro mandados de prisão temporária, 11 de busca e apreensão e dois sequestros de veículos de luxo. Dispositivos eletrônicos, documentos, três armas de fogo e valores em espécie também foram apreendidos. Os alvos podem responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.

De acordo com o advogado das vítimas, Antônio Miguel, o grupo prometia que os valores investidos seriam aplicados em apostas esportivas em que o grupo cobrava cerca de R$ 300 mil por aposta. A Polícia Civil disse que ainda apura o valor total do prejuízo causado a essas pessoas, mas estimou que o valor esteja calculado em milhões.

“As pessoas eram atraídas por esses supostos empresários do ramo financeiro. Eles prometiam um lucro fácil de 30 a 50%. Falavam que o dinheiro seria aplicado em apostas esportivas e retorno de um lucro muito alto, muito exorbitante”, disse o advogado. que aguarda o fim do inquérito policial e espera que os clientes sejam devidamente ressarcidos.

“Nós, como advogados dessas vítimas, aguardaremos o trabalho de conclusão de inquérito da Polícia Civil e, possivelmente, arrecadação e sequestro de bens dessa suposta organização criminosa para que as vítimas possam ser ressarcidas de todo o prejuízo causado. Estima-se que o prejuízo gire em torno de R$ 15 milhões somente aqui na cidade de Bela Vista de Goiás”, contou.

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