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Goiânia, 29/05/24
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Foto: Reprodução/TV Cultura

O governador goiano defendeu o cultivo da maconha para uso medicinal, mas rechaçou a liberação da erva para consumo

Na TV Cultura, Caiado ouve de Marcelo Tas: “O amianto provoca mais câncer que a maconha”

27/06/2019, às 03:02 · Por Eduardo Horacio

A discussão sobre a liberação do uso de maconha foi um dos temas abordados na entrevista do governador Ronaldo Caiado ao jornalista Marcelo Tas, no programa Provocação, da TV Cultura. O governador defendeu o cultivo da maconha para uso medicinal, mas rechaçou a liberação da erva para consumo.

“(Sou a favor) com finalidade exclusivamente medicinal. Se aquilo está sob controle, vai para laboratório produzir uma medicação que é capaz de controlar pessoas em fases bem avançadas de doenças, com quadro doloroso intenso, sou a favor. Eu sou a favor da ciência”, explicou Ronaldo Caiado, que é médico ortopedista.

Imediatamente, o governador ressaltou ser contra a liberação do consumo recreativo de maconha. “Agora, para o consumo (recreativo), zero. Isso é o primeiro degrau da escada para outras drogas. Isso nunca para aí”, analisou Caiado. Segundo o governador, a maconha cria uma dependência onde a evolução não é apenas o de aumentar o consumo, mas ir para outras drogas com maior potencial destrutivo ao ser humano.

Questionado se a criminalização não favorecia o tráfico de drogas sem impedir, contudo o consumo, Ronaldo Caiado ressaltou já ter feito essa discussão até com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, defensor da liberação. “A Holanda foi o primeiro e hoje você vê o quadro colapsando cada vez mais e eles vivendo um processo de dependência muito maior, o comprometimento de uma juventude”, rebateu.

Caiado defendeu no programa o uso da produção de amianto crisotila em Goiás, embora não negue que cause câncer. “Quem importa todo o nosso amianto é os Estados Unidos”, afirma Caiado. Tas, na sequência, disse que “o amianto causa mais câncer que a maconha”. Caiado rebateu dizendo que a maconha causa problemas no sistema nervoso central e que o cigarro de tabaco causa mais câncer que o amianto, mas que “o lobby (do cigarro) é forte”. Caiado, entretanto, nada diz do lobby pró-amianto.

 



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