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Goiânia, 29/05/24
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Foto: Jackson Rodrigues

A venda da folha de pagamento dos servidores de Goiânia transformou-se em polêmica desde o mês de abril, quando a Prefeitura anunciou desistência de renovar o vínculo com a Caixa Econômica Federal ou de aceitar uma oferta do Banco do Brasil

Banco que comprar folha em Goiânia ficará com 30% dos investimentos do GoianiaPrev

17/11/2021, às 19:01 · Por Eduardo Horacio

Em novo edital publicado nesta terça-feira, 16, a Prefeitura de Goiânia alterou a licitação da folha de pagamento dos servidores municipais. A Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) estabeleceu que a instituição bancária que vencer o certame receberá investimentos de 30% do patrimônio líquido do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Goiânia (GoiâniaPrev).

A especificação de investimento não constava do primeiro edital. Até então, a instituição vencedora da licitação cuidaria também, mas sem exclusividade, da gestão das aplicações financeiras do GoiâniaPrev, na ordem de R$ 838 milhões.

O novo edital retirou também o prazo de 120 dias para que a instituição bancária vencedora instale um posto de atendimento ou agência bancaria no Paço Municipal – onde hoje funciona uma agência da Caixa Econômica Federal. Também foi suprimida a obrigatoriedade de fornecimento de cartões magnéticos para os servidores da Comurg. Antes, havia possibilidade de recarga de vale-alimentação para os servidores da Companhia.

A Prefeitura de Goiânia diminuiu de 10 para 5 dias úteis o prazo para o pagamento do valor pelo qual a folha dos servidores tenha sido negociada. O lance mínimo estipulado é de R$ 165 milhões. A licitação será realizada no modelo pregão presencial no próximo dia 26. Antes, a data prevista era 8 de novembro.

Polêmica
A venda da folha de pagamento dos servidores de Goiânia transformou-se em polêmica desde o mês de abril, quando a Prefeitura anunciou desistência de renovar o vínculo com a Caixa Econômica Federal ou de aceitar uma oferta do Banco do Brasil. As propostas dos bancos estatais eram, respectivamente, de R$ 100 milhões e R$ 120 milhões.

Na ocasião, a gestão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) decidiu contratar, com dispensa de licitação, o Instituto Brasileiro de Tecnologia (BR TEC) para precificar a folha e, posteriormente, realizar o pregão para a venda. A BR TEC terá direito a 13% do valor da negociação que exceder R$ 100 milhões. Se a folha for vendida pelo preço mínimo estipulado, a empresa receberá R$ 8,45 milhões.

A BR TEC tem sede em Belo Horizonte (MG) e pouca experiência neste tipo de serviço com atendimento apenas de cidades pequenas, do interior do Pará e do Maranhão. A gestão de Cruz não soube detalhar qual foi exatamente o serviço prestado pela empresa.


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