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Goiânia, 29/05/24
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Foto: Jackson Rodrigues

Com o maior recuo, supermercados e hipermercados venderam 9,6% menos em setembro na comparação com o mesmo mês de 2020

Vendas do comércio em Goiás caíram 7,5% em setembro na comparação com 2020

12/11/2021, às 18:01 · Por Eduardo Horacio

O volume de vendas do comércio em Goiás foi 7,5% menor em comparação com o mesmo período do ano passado de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. Os números refletem a perda do poder de compra do consumidor imposta pelo contínuo crescimento da inflação.

Os estabelecimentos que enfrentaram as maiores quedas foram os supermercados e hipermercados, postos de combustíveis e lojas de móveis e eletrodomésticos. Na comparação com agosto de 2021, ou seja, o mês imediatamente anterior, a queda do volume de vendas foi de 1,9%. Na soma dos nove primeiros meses do ano, o comércio varejista ainda opera com crescimento acumulado de apenas 1,8% nas vendas.

Com o maior recuo, supermercados e hipermercados venderam 9,6% menos em setembro na comparação com o mesmo mês de 2020. O superintendente do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira, ressalta que a inflação reduziu o tamanho do mercado consumidor. “É um recuo muito nas vendas em geral porque, no ano passado, os impactos da pandemia eram bem maiores”.

A inflação acumulada em Goiânia foi de 11,03% nos últimos 12 meses. Assim, com preços mais caros e a renda estagnada ou em queda, a população não tem condição hoje de manter o poder de compra de antes. A mesma lógica vale para a queda na venda de combustíveis e para a redução de 1/4 das vendas de móveis e eletrodomésticos, que também sofre com o aumento nos preços de vários produtos.

O superintendente do IBGE lembra, porém, que o setor móveis e eletrodomésticos também é muito dependente da oferta de crédito, que foi impactada com o alta nos juros. “As condições de crédito ficaram mais difíceis”, explica Edson Roberto.


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