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Goiânia, 29/05/24
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A proposta de Marlon vem ancorada pelo projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município nº11, aprovado em agosto de 2014, que permite alteração dos nomes das vias e logradouros públicos já existentes

Avenida Castelo Branco poderá se chamar Marília Mendonça em Goiânia

12/11/2021, às 17:16 · Por Redação

O vereador Marlon Teixeira (Cidadania) apresentou, na quarta-feira (10/11), na Câmara Municipal de Goiânia, um projeto de lei que propõe mudar o nome da Avenida Castelo Branco, na capital goiana, para Marília Mendonça. Além de fazer uma homenagem à cantora que morreu vítima de um acidente aéreo, o político propõe a discussão sobre manter nomes ligados à ditadura militar em locais públicos. Antes de se chamar Castelo Branco, o nome era Avenida Maranhão. 

O parlamentar destaca a representatividade da artista na cultura goiana. "A Marília Mendonça foi e é um ícone de mulher batalhadora, protagonista de sua própria vida e história, que, para além da música, teve um papel político e social importantíssimo, influenciando e empoderando outras mulheres, famosas e anônimas. Já o Castelo Branco foi o primeiro presidente militar. Nós precisamos de bons exemplos e ela é um exemplo melhor do que um presidente ditador que deu um golpe”, destacou.

Humberto de Alencar Castello Branco governou o país entre 1964 e 1967, primeiros anos da ditadura militar no país. Na Escola Superior de Guerra, exerceu influência nas ideias que levaram ao golpe de 64.

Inicialmente, o projeto vai para a Procuradoria da Câmara e depois para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em seguida, deve ser aprovada em duas votações. “Vamos ver se haverá o apoio à cultura ou à ditadura. Esse projeto discute se devemos ou não continuar homenageando pessoas que fizeram tão mal ao nosso país”, disse.

Lei
A proposta de Marlon vem ancorada pelo projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município nº11, aprovado em agosto de 2014, que permite alteração dos nomes das vias e logradouros públicos já existentes, quando se tratar de denominação que se refere às personalidades ou autoridades vinculadas ao período da Ditadura Civil e Militar Brasileira, ou fizer alusão ao nazismo ou fascismo.

“Felizmente, hoje, temos esse poder de decisão”, pondera o parlamentar, lembrando que vias públicas recebem nomes de personalidades que serão imortalizadas na memória das pessoas. “Cabe a nós decidirmos quem merece essa honra de ser imortalizado é homenageado. E precisamos escolher bem”, acrescenta. 


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