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O sepultamento está programado para as 17h, no cemitério Santana

Sob aplausos, Iris chega ao Palácio das Esmeraldas para início do velório

09/11/2021, às 15:31 · Por Redação

O corpo do ex-governador Iris Rezende (MDB) chega sob aplausos no Palácio das Esmeraldas. Centenas de pessoas aguardavam o início do velório para o último adeus.

O velório é liberado ao público, que pode ter acesso pelo Monumento das Três Raças, na Praça Cívica. O sepultamento está programado para as 17h, no cemitério Santana.

O trajeto sairá pela 85, passando pela Praça Cívica, as avenidas Araguaia, Paranaíba, República do Líbano, Praça do Avião, Avenida Independência até o Cemitério Santana.

Iris Rezende (1933-2021)

Morreu na madrugada desta terça-feira, 9 de novembro, o ex-governador, o ex-ministro, o ex-prefeito e ex-deputado estadual Iris Rezende Machado (MDB). Ele estava internado em São Paulo, no hospital Vila Nova Star, tratando as complicações de um AVC que sofreu no início de agosto deste ano. O velório ocorre a partir de 8h da manhã no Palácio das Esmeraldas e o enterro será às 18h no Cemitério Santana.

Antes de ser deputado, Iris Rezende foi líder estudantil, chegando a ser presidente do Grêmio Literário Castro Alves da Escola Técnica de Campinas e do Grêmio do Colégio Lyceu de Goiânia, nos anos 50. No fim da década se elege o vereador mais votado da capital. Em 1962 deixa o mandato de vereador para ser candidato a deputado estadual.

Foi deputado estadual (pelo então PSD, que seria extinto pela Ditadura Militar) de 1963 a 1967. Logo de início, foi líder do governo Mauro Borges, em 1963 e 64. No biênio seguinte foi eleito presidente da Assembleia, exercendo a mesma em 1964 e 1965. Em janeiro de 1965, presidiu a Assembleia na eleição, indireta, do Marechal Emílio Ribas Júnior a Governador de Goiás, 1965-1966, logo depois a cassação de Mauro Borges pela Ditadura Militar.

Concorrendo com o ex-governador José Ludovico, elegeu-se Prefeito de Goiânia em 1965. Foi prefeito de 1965 a 1969, quando também foi cassado pela Ditadura Militar em 17 de outubro de 1969. Teve cassado seu mandato e seus direitos políticos suspensos por 10 anos, pela Junta Militar que governava o país. Quando cassado, dedicou-se por dez anos à advocacia, como advogado criminalista, atuando no “Serviço Jurídico Associado”, com um grupo de colegas.

Já na redemocratização, foi eleito governador do Estado, pelo então PMDB em 1982, com dois terços dos votos válidos, na maior votação já alcançada por um candidato a governador, até hoje não superada. Em 1986, último ano de seu mandato de governador, afastou-se do governo para assumir o Ministério da Agricultura, sob presidência de José Sarney.

Seria novamente eleito governador, em 1990. Governou de 1991 a 1994, quando se desincompatibilizou para candidatar-se ao Senado. Foi eleito senador em 1994 e licenciou-se do mandato para novamente virar ministro. Desta vez assumiu o Ministério da Justiça, na presidência de Fernando Henrique Cardoso. 

Iris reassumiu seu mandato de senador em 1998 e se candidatou ao governo de Goiás pelo PMDB, na eleição em que Marconi Perillo (PSDB) foi pela primeira vez eleito governador. Em 2002 ainda perderia uma eleição para o Senado e seria derrotado para governador novamente em 2010 e 2014.

Numa volta às origens, foi eleito mais três vezes prefeito de Goiânia. Em 2004, 2008 e 2016. Nos três mandatos de prefeito, deixou o cargo com altos índices de popularidade. Em 2020, último ano de seu mandato como prefeito, anunciou aposentadoria da política.

 


Iris Rezende Velório
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