Bolsonaro pode escolher Vanderlan para ser seu candidato em Goiás em 2022

É cada vez mais forte a ideia de Jair Bolsonaro bancar Vanderlan Cardoso (PSD) ao Palácio das Esmeraldas em 2022. Hoje o presidente trabalha apenas com ele e o deputado federal Vitor Hugo (PSL) como opções, o ex-líder do presidente na Câmara ainda não foi convencido de que ficar sem mandato na Câmara dos Deputados seja uma boa ideia.  

Apesar de Vanderlan Cardoso repetir que não será candidato, o histórico diz o contrário. Desde 2014 o dono da Micos participou diretamente de todos os pleitos. Derrotado em todos, exceto 2018 quando se sagrou senador graças ao apoio de Daniel Vilela (MDB), hoje aliado do governador Ronaldo Caiado (DEM). 

Caso o ex-prefeito de Senador Canedo troque o PSD pelo PL ou outra legenda aliada de Bolsonaro, será a sexta troca do empresário desde que filiou-se a primeira vez, em 2004, para disputar a prefeitura de Senador Canedo.

De lá para cá, ele integrou os quadros do PR, PMDB, PSB, PP, e agora por último o PSD. Nessas mudanças, Vanderlan integrou ou apoiou as principais correntes políticas do Estado.

Com aval do também empresário e ex-deputado federal Sandro Mabel, Vanderlan decidiu filiar-se ao PR e concorrer à Prefeitura de Senador Canedo, em 2004. Foi eleito e reeleito quatro anos depois. A gestão foi considerada um marco na cidade e o projetou politicamente.

Em 2010, na mesma legenda, concorreu ao governo de Goiás com respaldo do então governador Alcides Rodrigues. Terminou a disputa em terceiro lugar, atrás de Marconi Perillo (PSDB) e Iris Rezende (PMDB).

Passados quatro anos, já no PSB, Vanderlan voltou a concorrer com Marconi e Iris, encerrando a disputa novamente em terceiro. Antes, em 2012, o atual senador filiou-se ao PMDB com grande festa e status de pré-candidato ao governo. Acabou deixando a legenda um ano depois, reclamando de falta de espaço político para pavimentar sua candidatura.

Em 2016, Vanderlan voltou à cena política ao disputar pela primeira vez a Prefeitura de Goiânia. Nessa empreitada novamente contra Iris Rezende, Vanderlan obteve o apoio de Marconi, seu adversário em seguidas disputas pelo governo. Levou a disputa ao segundo turno, mas acabou derrotado pelo emedebista.

Após perder o controle do PSB para a então senadora Lúcia Vânia, Vanderlan Cardoso voltou a trocar de partido. Deixou o PSB e buscou espaço no PP, que lhe ofereceu vaga na disputa pelo Senado. Concorreu e terminou a eleição como o mais votado, derrotando entre outros, o ex-governador Marconi Perillo e Lúcia Vânia.

Político conservador e com fama de bom gestor, que trouxe do mundo empresarial, Vanderlan Cordoso demonstra pouco apresso por partidos e posições ideológicas. Nos últimos 16 anos, as legendas pelas quais passou serviram apenas de abrigo para disputa eleitoral. Possivelmente, o PSD será apenas mais uma sigla no caminho das ambições do senador, caso ele resolve mesmo dar no pé e trair Caiado.

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