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A melhora do cenário reduz os riscos de apagões por falta de capacidade de atender a demanda

Reservatórios do Centro-Oeste enchem mais do que o esperado em outubro e devem afastar racionamento

02/11/2021, às 20:20 · Por Redação

Uma boa notícia para os goianos é a de que os reservatórios encheram mais do que o esperado em outubro, devido as chuvas, o que deve acontecer novamente agora em novembro.  

De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), o nível dos reservatórios das regiões Centro-Oeste e Sudeste, consideradas a caixa d'água do setor elétrico brasileiro, fechou outubro em 18,2%, 1,5 ponto percentual acima do registrado no fim de setembro.

No início de outubro, o ONS esperava que os reservatórios dessas regiões fechassem o mês em 12,8%. Com a chegada das chuvas durante o mês, a previsão foi sendo revisada para cima. Na semana passada, era de 17,8%.

Em sua programação mensal da operação, no subsistema Sudeste e Centro-Oeste, o volume de chuvas deve chegar 106% da média histórica, elevando nível dos reservatórios para 18,7% no fim do mês.

A melhora do cenário reduz os riscos de apagões por falta de capacidade de atender a demanda, mas especialistas vêm alertando que a operação do sistema ainda demanda atenção, já que os níveis permanecem muito baixos, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste.

Com a recuperação, os preços da energia continuam cedendo. O custo marginal de operação, que baliza as operações do ONS, caiu 41,56% na semana passada, para R$ 94,09 por MWh (megawatt-hora). O preço de liquidação de operações no mercado livre de energia chegou à média semanal de R$ 161,22 por MWh, contra R$ 177,38 na semana anterior.

Embora a queda de preços tenha contribuído para a mudança da bandeira tarifária cobrada de clientes tarifários para o patamar amarelo, mais barata, a maior parte dos consumidores não deve ver impactos em sua conta de luz neste momento, pois o governo continua acionando todo o parque térmico disponível.

Os modelos de precificação de energia vêm sendo criticados por especialistas e grandes consumidores por não conseguirem retratar a dimensão da crise energética ao perceberem de forma mais intensa a previsão de chuvas do que o nível dos reservatórios.

O governo vem, inclusive, negociando um novo empréstimo ao setor elétrico para cobrir o rombo provocado pelo aumento dos preços dos combustíveis usados pelas térmicas, já que os R$ 14,20 por 100 kWh (quilowatts-hora) da bandeira tarifária de escassez hídrica já não paga toda a geração necessária.






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