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Entre os detidos na Operação Clandestinus estão oito mulheres e onze homens; houve prisões em Goianésia

Reitor diz que UniRV é vítima em operação que prendeu estudantes de Medicina em Goianésia

30/10/2021, às 00:51 · Por Redação

O reitor da UniRV, Me. Alberto Barella negou algum servidor da instituição envolvido na Operação “Clandestinus” na última quarta-feira, 27, que prendeu 19 suspeitos por fraude no ingresso em cursos de medicina. (Assista abaixo). 

“No início do semestre letivo, quando do procedimento das transferências externas de outras instituições para a nossa UniRV, nossa equipe identificou alguns documentos, e como é de praxe a gente fazer a confirmação com a instituição que emite, a instituição de origem do aluno e foi deparado que alguns documentos não eram verdadeiros e nesse instante nós acionamos a Polícia Civil e fizemos a denúncia fomos instruídos para que déssemos procedimentos a todo o processo, recebendo os documentos dos alunos e identificamos 86 documentos que não eram verdadeiros, foi quando a Polícia Civil assumiu o caso”, explica. 

Entre os detidos na Operação Clandestinus estão oito mulheres e onze homens. Eles foram presos nas cidades de Goianésia e Formosa, em Goiás; e em Barreiras, na Bahia. 

A operação policial foi realizada após uma denúncia feita pela Universidade de Rio Verde, do sudoeste de Goiás. Segundo as investigações, que já duram 5 meses, todos os supostos estudantes de medicina ingressaram nos cursos superiores através de transferência externa, isto é, de uma faculdade para outra, utilizando documentos falsos. Já foram identificadas fraudes de certificados de oito instituições de ensino superior de medicina no Brasil. De acordo com as autoridades, cada envolvido pagou entre R$ 40 mil e R$ 50 mil por documento. 

Segundo o delegado do caso, Danilo Fabiano Carvalho, parte dos alunos presos cursava medicina no Paraguai, outros nunca tinham frequentado uma universidade. Dos estudantes detidos, quatro suspeitos são de uma mesma família: uma mulher, seus dois filhos e o irmão. "Quatro casais também estão envolvidos. Era uma forma que eles usava pra conseguir descontos na universidade por conta da questão de parentesco. Outros conseguiram, inclusive, bolsa de estudos custeadas pelo erário", complementou o delegado. 

As investigações também apontaram que os alunos agiram em conjunto. De acordo com Danilo o próximo passo da operação é identificar o responsável pelas falsificações, com intuito também de identificar outros alunos que tenham utilizado o mesmo método para ingressar em faculdades. 

Os envolvidos no crime responderão por falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa e perigo à vida ou saúde de outrem. Eles também poderão ser responsabilizados pelos valores auferidos por meio das bolsas de estudo. Em nota a Universidade de Rio Verde disse que tomará as devidas providências para a expulsão daqueles que se matricularam indevidamente. 



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