Polícia prende 19 estudantes por ingressarem em faculdade de medicina com documentos falsificados

Após cinco meses de investigações, a Operação Clandestinus desencadeada pela Polícia Civil cumpriu na última quarta-feira, 27, 19 mandados de prisão contra estudantes que ingressaram de maneira ilícita em curso de medicina na Universidade de Rio Verde (UniRV). Os alunos presos chegaram a pagar R$ 80 mil pela falsificação de documentos para entrar no curso.

 “Eles falsificaram documentos de faculdades brasileiras para que eles tivessem o ingresso via transferência para universidades aqui de Goiás”, explicou o delegado Danilo Fabiano em entrevista à Sagres 730. A denúncia partiu da própria instituição, que detectou indícios de fraudes e acionou a polícia.

Os mandados foram cumpridos em Goianésia e Formosa, além de Barreiras, na Bahia. Foram identificados os 19 alunos presos, mas a Polícia Civil não descarta haver mais suspeitos de cometer o mesmo crime. Os envolvidos responderão pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa e perigo à vida ou à saúde.

As investigações da Polícia Civil apontaram que foram falsificados documentos de oito instituições de ensino superior de medicina no País, que confirmaram as irregularidades. De acordo com Danilo Fabiano, os estudantes transferidos de forma irregular já ingressaram no curso a partir do 6º ou 7º período, inclusive no internato, período em que realizam atendimentos a pacientes sob supervisão.

“Motivo pelo qual eles também foram indiciados pelo crime de perigo para a vida ou a saúde de outra pessoa. Ou seja, pelo fato de eles não terem feito os períodos iniciais, não terem conhecimento teóricos, poderiam gerar perigo sobre esse diagnóstico, esse tratamento, que pudesse prejudicar qualquer pessoa”, reforça o delegado. Alguns estudantes presos haviam iniciado o curso no Paraguai. 

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